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Última Atualização: 19/06/2023

O PPGAnt - Programa de Pós-Graduação em Antropologia, nível Mestrado, aprovado pela CAPES em 2010, e Doutorado, aprovado pela CAPES em 2023, possui área de concentração em Antropologia e duas linhas de pesquisa: L1= (De)colonialidade, Interseccionalidades e Fronteiras e L2= Etnologia Indígena

As linhas são compostas por docentes permanentes e colaboradores que orientam e ofertam disciplinas obrigatórias e eletivas, que as alicerçam juntamente com os projetos de pesquisa dos docentes e dos discentes. As disciplinas não se filiam diretamente as linhas de pesquisa, porém procuram atender as necessidades dos projetos de pesquisa dos docentes e as pesquisas dos discentes no tocante as temáticas abordadas em suas pesquisas. O núcleo das disciplinas obrigatórias reforçam os pressupostos teórico-metodológicos da Antropologia, enquanto as disciplinas optativas dialogam com as temáticas dos Projetos de Pesquisas dos docentes e dos discentes, bem como com os temas atuais que pautam os estudos antropológicos. Vários temas de importância fundamental à ciência antropologia são abordados, almejando uma sólida construção de conhecimento. Assim, além das disciplinas obrigatórias, o discente tem oportunidade de suprir demandas teórico-metodológicas particulares, no sentido de ter em mãos um rol de disciplinas optativas que vem sendo oferecidas alternadamente. Apesar de não haver um engessamento das disciplinas nas linhas tentamos estabelecer uma relação mínima.

L1= (De)colonialidade, Interseccionalidades e Fronteiras

Esta linha de pesquisa desenvolve temas relacionados aos mais diversos marcadores sociais da diferença (classe, raça, etnia, gênero, sexualidade, religiosidade, geração, etc.) e suas relações com (de)colonialidades, interseccionalidades e fronteiras, sejam estas últimas geográficas, culturais, linguísticas, econômicas e/ou simbólicas, com ênfase no cenário sociocultural de Mato Grosso do Sul e regiões platinas adjacentes. Seu objetivo principal é o de produzir contribuições teóricoetnográficas acerca de dinâmicas e processos sociais mobilizados por tais marcadores de diferença, bem como sobre relações de poder e desigualdades que os perpassam, nas mais diferentes conjunturas e institucionalidades, com proeminência dos contextos dos direitos humanos; da educação formal e não formal; da (re)produção de violências; da constituição de subjetividades e agências, e que incidem, direta ou indiretamente, na proposição de políticas públicas. Lembremos que o Estado de Mato Grosso do Sul agrega uma gama variada de coletivos indígenas e tradicionais, tais como quilombolas, pantaneiros e ribeirinhos, além de colônias de imigrantes (árabes, bolivianos, italianos, japoneses, paraguaios, venezuelanos, haitianos, dentre outros). A multiplicidade de experiências culturais e históricas foram forjadas grande parte das vezes em meio à investida desumanizadora do processo civilizador-colonizador, que incide de forma intensa no contexto de fronteira, propiciando a moldagem de distintas territorialidades e identidades, num processo que envolve trocas, mas também assimetrias de poder e, consequentemente, exclusões e conflitos. Trata-se de uma fronteira marcada por constantes fluxos migratórios e de mercadorias (“lícitas ou ilícitas”), bem como permanente intercâmbio sociocultural que abrange instituições, força de trabalho, costumes, línguas, religiões, artes e culinária, processos educativos, dentre outros. Tais fluxos incessantemente repõem e reordenam as distinções étnicas e culturais. É justamente essa dinâmica e a maneira como se traduz na afirmação dos sinais diacríticos das culturas locais, que reside também o interesse desta linha de pesquisa. Assim, justamente por vivermos “a” fronteira e “na” fronteira, enquanto espaço de (des)encontros e disputas, seja na sua dimensão física e/ou simbólica, é que ela se torna uma potência crítica e analítica a partir das experimentações que pulsam, no limite, para a afirmação ou negação da potência de vida. Nesse enquadre, as experiências educativas vividas nestas zonas fronteiriças expressam alteridades e potências, tanto no que se refere à dimensão civilizatória - como marca institucional, quanto de processos de subjetivações, de moralidades e éticas outras, potencializados pelos movimentos (sociais) e distintos coletivos, atravessados por marcadores sociais de diferenças, e seus modos próprios de educação. Por fim, levando em conta a diversidade de temas, problemas e perspectivas, a linha adota uma abordagem transdisciplinar, em que consideramos também as diferentes trajetórias das pesquisadoras, pesquisadores e docentes que compõem a linha. Nesse movimento, estreitamos cada vez mais o diálogo com diversas áreas do conhecimento e suas respectivas orientações teórico-metodológicas.

L2= Etnologia Indígena

Esta linha articula as pesquisas realizadas no PPGAnt/UFGD interessadas em descrever e analisar as relações e transformações indígenas sul-americanas, em particular as redes e coletivos que habitam a porção meridional do continente. O corpo docente vinculado a linha de Etnologia Indígena possui larga experiência em atividades de pesquisa, colaboração, assessoria, laudos e perícias antropológicas. Nos últimos anos devido aos efeitos das políticas de ações afirmativas na pós-graduação, o programa tem recebido anualmente um número expressivo de pesquisadoras e pesquisadores indígenas vindos de vários cursos de licenciatura e interdisciplinares, assim como de bacharelado, intensificando o alargamento do campo clássico das pesquisas em Etnologia Indígena como parentesco, cosmologia, territorialidades, organização social, xamanismo, conversões, patrimônio material e imaterial aos temas que ganham relevo a partir de etnografias (indígenas e não indígenas) interessadas em descrever redes, relações, circuitos e traduções ameríndias mediante ao efeito da intensificação das relações com as políticas públicas, culturais e desenvolvimento como a educação escolar indígena, políticas de atendimento à saúde e do indigenismo. Neste aspecto destaca-se a necessidade de produzir reflexões que tenham como eixo de conexão a produção de uma Antropologia crítica, reflexiva e intercultural.


 

ESTRUTURA CURRICULAR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA

Nível de Mestrado

Área de concentração: Antropologia

Linhas de Pesquisa:

L1= (De)colonialidade, Interseccionalidades e Fronteiras

L2= Etnologia Indígena


 

Válida a partir do 1º Semestre letivo de 2023


 

DISCIPLINAS E ATIVIDADES CURRICULARES OBRIGATÓRIAS

Disciplinas/Atividades Curriculares

CRE

Elaboração de Dissertação

14

Metodologia de Pesquisa Antropológica

4

Teoria Antropológica I

4

Teoria Antropológica II

4


 

DISCIPLINAS OPTATIVAS

Disciplinas

CRE

Antropologia das Religiões

4

Antropologia Urbana

4

Antropologia, Corpo e Saúde

4

Antropologia, Educação e Interculturalidade

4

Antropologia, Política Indígena e Indigenismo

4

Autoria, autobiografias e escritos indígenas

4

Etnologia Indígena

4

Estágio de Docência*

2

Gênero, Sexualidade e Família

4

Tópicos Especiais I

2

Tópicos Especiais II

4

Legenda: CRE=Créditos; AC=Área de Concentração; LP=Linha de Pesquisa; OBR=Obrigatória; OPT=Optativa.


 

* Obrigatória para Bolsistas do Programa Demanda Social da CAPES e outras bolsas de mestrado.

**Cada crédito corresponde a 15 horas/aula.


 


 

DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA CURRICULAR:


 

Para a conclusão do mestrado, o discente deverá integralizar, no mínimo, 38 créditos, assim distribuídos:

I – 12 créditos em disciplinas obrigatórias;

II - 12 créditos em disciplinas optativas;

III - 14 créditos para a elaboração da dissertação.


 

Os créditos atribuídos ao Estágio de Docência não serão considerados para a integralização dos créditos mínimos em disciplinas dos cursos.


 

Obs.: O Regulamento e a Estrutura Curricular do Doutorado estão em fase de aprovação nas instâncias da UFGD. Após sua aprovação, as informações serão inseridas nesta página.



 

 


CONTATO

Rodovia Dourados / Itahum, Km 12 - Unidade II | Caixa Postal: 364 | Cep: 79.804-970
(67) 3410-2298
ppgant@ufgd.edu.br
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