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Maio
15
2025

UFGD recebe mais de 850 estudantes para o lançamento do Programa Mais Ciência na Escola

  Atualizada: 15/05/2025
Evento marcou o início das atividades do programa federal em Mato Grosso do Sul, com investimentos em laboratórios, bolsas e formação de professores

+ ciência na escola

Evento lançamento + Ciência na Escola
 

alunos em evento + ciência na escola

Alunos durante evento de lançamento do + Ciência na Escola
 

+ ciência na escola

Evento lançamento + Ciência na Escola
 

Apresentação do grupo Bro MC's durante evento + ciência na escola

Apresentação do grupo Bro MC's durante evento de lançamento do + Ciência na Escola

 

Direcionado a 15 escolas municipais e estaduais das cidades de Coronel Sapucaia, Deodápolis, Dourados, Maracaju, Novo Horizonte do Sul e Rio Brilhante, o Programa Mais Ciência na Escola – MS investirá R$ 1,5 milhão na instalação de laboratórios maker, realização de formação continuada para educadores e concessão de 169 bolsas a estudantes e professores. O programa é executado nacionalmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), e coordenado, em Mato Grosso do Sul, pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

 

Animados com o impacto que a iniciativa terá no estímulo à experimentação científica e tecnológica, mais de 850 alunos e professores lotaram o Auditório Central da Unidade 2 da UFGD para o lançamento do programa, na tarde de 13 de maio. O evento em Dourados registrou o maior público entre todas as solenidades de lançamento realizadas até o momento em diversos estados.

 

A programação incluiu show do Brô MCs — primeiro grupo de rap indígena do Brasil —, assinatura de acordos entre representantes da UFGD e instituições presentes, discursos de autoridades nacionais e locais envolvidas no programa, além de exposições do Museu da Biodiversidade e de projetos do cursos das Faculdades de Ciências Exatas e Tecnologia (FACET) e Faculdade de Engenharia (FAEN) da UFGD, e entrega de medalhas aos vencedores da Mostra Científica de Dourados e da Olimpíada de Ciências Exatas da Região da Grande Dourados.

 

A coordenadora do programa Mais Ciência na Escola em MS e professora da UFGD, Elaine da Silva Ramos, explica que o programa parte do princípio de que ciência e educação devem caminhar juntas como instrumentos de transformação social. “Temos escolas municipais, estaduais, do campo e indígenas, todas unidas pela valorização da ciência, da criatividade e do protagonismo estudantil. O Mais Ciência na Escola garante que o acesso a laboratórios de criação e tecnologias, muitas vezes restritos a contextos privilegiados, também cheguem ao filho e à filha do trabalhador e da trabalhadora. É a ciência sendo colocada a serviço da inclusão, do pertencimento e da justiça social”, afirmou. 

 

Os laboratórios maker contarão com impressoras 3D, cortadoras a laser, equipamentos de automação, robótica, filmagem, entre outros, de acordo com as demandas apontadas pelas próprias escolas. O diretor Mário dos Santos Almeida, da Escola Municipal Coronel Firmino Vieira de Matos, localizada no distrito de Itahum, avaliou positivamente a implantação da iniciativa. “Como gestores, vemos como de suma importância a proposta de uma ferramenta inovadora como esta dentro do universo escolar, diretamente na comunidade onde os alunos vão construir o saber. O programa é de fundamental importância e relevância para os nossos estudantes”, ressaltou.

 

Durante sua fala, a coordenadora de Educação Científica do MCTI, Cláudia Maya, chamou a atenção para a contradição de o Brasil ser a 9ª maior economia do mundo, mas ocupar posições irrelevantes nos rankings educacionais em ciência e matemática. Para ela, isso demonstra que a riqueza gerada pelo país não se reflete na educação, o que é preocupante em um contexto em que a tecnologia influencia cada vez mais o desenvolvimento dos povos. Incentivar a produção de tecnologia, segundo Cláudia, seria um caminho para mudar esse cenário. “Com a união de esforços, podemos ter um impacto muito significativo e oferecer uma educação mais prática, divertida, criativa e inovadora, que possa atrair os jovens para carreiras científicas e tecnológicas. Queremos mais meninas engenheiras e pesquisadoras. Queremos meninos criando tecnologia a partir de suas culturas tradicionais e de suas localidades, em um programa que chegue tanto à capital quanto ao interior”, destacou.

 

No geral, o investimento de R$ 1,5 milhão será aplicado no fortalecimento da aprendizagem ativa, no desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos e na utilização pedagógica de ferramentas digitais. Parte dos recursos será destinada ao pagamento de bolsas para estudantes, operacionalizadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Considero os bolsistas monitores o aspecto mais interessante do programa, pois eleva os estudantes à condição de protagonistas do processo, colocando a ‘mão na massa’. Eles receberão capacitação para utilizar os equipamentos, e essa formação é outro diferencial, pois possibilitará que professores e alunos façam ciência juntos, aprendendo sobre conectividade, tecnologia e educação. Esse tipo de ação chega à escola e faz a diferença. Ao todo, os investimentos da União nos estados somam R$ 100 milhões, e esperamos que este seja apenas o início”, afirmou a analista do CNPq, Kellen Millene Camargos.

 

INTENÇÃO DE AMPLIAÇÃO

A solenidade de lançamento ocorreu em um momento simbólico para a UFGD, que inicia as celebrações de 20 anos de sua criação, instituída pela lei de 29 de julho de 2005. Estimulando o público a ingressar no ensino superior, o reitor Jones Dari Goettert destacou que a razão de existir da universidade pública é acolher os alunos oriundos das escolas públicas. “Estamos aqui por causa de vocês”, declarou o reitor.

 

Ao longo de seu discurso, Jones valorizou as parcerias firmadas para a concretização de grandes projetos. “Não fazemos nada sozinhos. Fazemos com quem quer somar e construir junto”, frisou. Aproveitando a presença do diretor-presidente da Fundect-MS, Márcio de Araújo Pereira — que representava o governo do estado —, o reitor entregou um documento reivindicando a ampliação do programa Mais Ciência na Escola para atender os 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

Por sua vez,o diretor da Fundect convidou o secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Semadesc, Ricardo Senna, a unir forças dentro do governo estadual para que o estado se torne um projeto-piloto na ampliação do programa.

 

Diante de uma plateia repleta de jovens, Márcio Pereira aproveitou o momento para defender a cultura científica. “É emocionante falar sobre ciência para vocês. Eu vejo vidas sendo transformadas pela ciência e digo que o Brasil precisa de jovens como vocês. Quero que se lembrem de que estudar vale a pena, ciência vale a pena, tecnologia vale a pena, educação vale a pena e a universidade vale a pena. Não deixem de estudar!”, declarou.
 

O secretário Ricardo Senna reafirmou que o apoio à ciência, tecnologia e inovação é um dos objetivos estratégicos do Plano Plurianual 2024-2027 do governo estadual, e ressaltou a importância da sensibilização do público jovem. “Precisamos sensibilizar a garotada, porque são eles que podem ajudar a mudar as estruturas atuais. Neste sentido, este programa é extremamente importante, pois a ciência provoca uma revolução, muitas vezes silenciosa. Foi a ciência que permitiu que saíssemos da pandemia, por exemplo. Então, parabenizo todos vocês!”, celebrou.
 

A expectativa é de expansão da iniciativa, objetivo também citado pelo consultor do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Carlos Wagner Costa Araújo, que mencionou, em seu discurso, que estão em andamento tratativas com a UEMS e outras universidades de Mato Grosso do Sul.
 

O evento contou com a presença de aproximadamente 30 autoridades dos governos federal, estadual e municipal.
 

Confira a lista das 15 escolas beneficiadas: 

Escola Estadual Antonio Vicente Azambuja - Dourados

Escola Estadual Eneil Vargas - Coronel Sapucaia

Escola Estadual Indígena Intercultural Guateka - Dourados

Escola Estadual Ministro João Paulo dos Reis Veloso - Dourados

Escola Estadual Professora Lígia Terezinha Martins - Rio Brilhante

Escola Estadual Ramona da Silva Pedroso - Dourados

Escola Estadual Rita Angelina Barbosa Silveira - Dourados

Escola Estadual Scila Médici - Deodápolis

Escola Municipal Cel. Firmino Vieira de Matos - Dourados

Escola Municipal Francisco Meireles - Dourados

Escola Municipal Laurindo Stragliotto (Escola Agrícola) - Maracaju

Escola Municipal Maria da Rosa Antunes da Silva Câmara - Dourados

Escola Municipal Pref. Álvaro Brandão - Dourados 

Escola Municipal Prof. Elza Farias Kintschev Real - Dourados

Escola Municipal Professor Eduardo Pereira Calado - Novo Horizonte do Sul
 

Acompanhe as atividades do programa pela página: https://www.instagram.com/maisciencianaescolams/

Fonte: Jornalismo ACS/UFGD


 



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