acessibilidade

Recentemente, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) celebrou um acordo de cooperação com a Universidade Estadual de Utah, nos Estados Unidos, buscando formalizar uma parceria que já vinha acontecendo, entre equipes de pesquisadores de ambas universidades, que estudam métodos de controle de plantas daninhas. 

O professor Paulo Vinícius da Silva, da Faculdade de Ciências Agrárias da UFGD, explica que há mais de 10 anos conheceu a professora Mirella Ortiz, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), onde ele cursou a graduação e o mestrado. Em 2015, Mirela entrou no mestrado e Paulo fez parte do seu doutorado na Universidade Estadual do Colorado. Ela continuou nos Estados Unidos para fazer o doutorado, e seguiu carreira como docente em universidades norte-americanas. Paulo voltou para o Brasil e se tornou professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Agronomia da UFGD. Desde 2018, Paulo e Mirella desenvolvem pesquisas e fazem publicações internacionais juntos. 

A formalização de um acordo de cooperação entre UFGD e Universidade Estadual de Utah abre novas portas para esta parceria. “O laboratório chefiado pela Mirella, na Utah State University (USU), capta recursos para pesquisas. Isso é muito comum nos Estados Unidos, e por isso, ela pode usar estes recursos para investir na pesquisa e na formação de novos pesquisadores. Um dos primeiros resultados desse acordo de cooperação deve acontecer agora em julho, quando pretendemos enviar um estudante da UFGD para desenvolver um estágio de pesquisa na USU”, explica o professor Paulo.

INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PARCERIA

Mirella e Paulo poderiam ter continuado suas ações de pesquisa em parceria, sem buscar um acordo institucional. Continuariam produzindo conhecimento e publicando artigos internacionais, o que já é um bom nível de produtividade dentro da carreira docente. “Além dos resultados para nossas pesquisas, nós desejávamos que nossos alunos também tivessem a oportunidade de fazer intercâmbio, de conhecer novas realidades, e de buscar novos campos de atuação em outros países. Pensando em abrir essas portas aos estudantes, eu procurei o Escritório de Assuntos Internacionais (ESAI/UFGD) e recebi todo o suporte para a efetivação deste convênio. Fui bem instruído, toda documentação necessária foi providenciada, de modo que o procedimento foi rápido. Eu pensava que seria muito mais burocrático”, conta Paulo. 

O coordenador do ESAI/UFGD, professor Matheus Hernandez, explica que para a UFGD é muito importante que mais estudantes e professores possam fazer intercâmbio, e, nesse sentido, acordos de cooperação como o celebrado com a Universidade Estadual de Utah são fundamentais. “Não é fácil formalizar um acordo com universidades norte-americanas, porque elas são muito procuradas e possuem desenhos institucionais peculiares, eles não costumam ter tantos procedimentos burocráticos dentro da instituição. Já aqui no Brasil, todos os acordos dentro do serviço público precisam estar contratualizados. Esses trâmites formais podem desmotivar alguns professores, mas é por isso que a equipe do ESAI dá assessoria e suporte: para facilitar esses processos”, contextualiza Matheus. 

Ele espera que mais professores busquem o ESAI para formalizar parcerias institucionais. “Especialmente para a pós-graduação, a busca por internacionalização é muito importante, pois é um critério para subir a nota dos programas de mestrado e doutorado. Uma pós com parcerias internacionais consegue captar mais bolsas, tem mais chances em editais de financiamento para pesquisa, enfim, multiplica oportunidades para docentes e estudantes”, conclui Matheus. 

O professor Paulo Vinícius da Silva, da Faculdade de Ciências Agrárias da UFGD, na Universidade Estadual de Utah (USU).
 

Paulo Vinícius da Silva, professor da UFGD, e a professora Mirella Ortiz, da Universidade Estadual de Utah (USU). Desde 2018, Paulo e Mirella desenvolvem pesquisas e fazem publicações internacionais juntos.