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Julho
03
2019

Redes de televisão divulgam experimentos da UFGD para produção de soja e milho

  Atualizada: 03/07/2019
Programa Revista do Campo da TV RIT e MS Rural da TV Morena vão divulgar dados sobre pesquisas feitas desde 2015 na Fazenda Experimental

 


O professor Luiz Carlos Ferreira de Souza, da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Dourados (FCA/UFGD), pesquisa formas de melhorar a produtividade das lavouras de soja e de milho na safra de verão, utilizando cultivares alternativos na safra de inverno.

Desde 2015, Luiz Carlos cuida de uma área experimental onde alterna o plantio de soja e milho com oleaginosas, gramíneas e outros cultivares. De acordo com o professor, a pesquisa vem demonstrando que há grandes benefícios em realizar a rotação de culturas, com aumentos de produtividade de até 500%.

Essa área de plantio experimental foi filmada por equipes de televisão, que vão exibir reportagens nesta semana. Na quinta-feira, dia 4, a TV RIT exibirá a reportagem às 18h30 (horário de Mato Grosso do Sul) no programa Revista do Campo. A TV Morena, afiliada da Rede Globo, apresentará a reportagem no programa MS Rural.

Consórcio de plantas
Há mais de 20 anos o professor Luiz Carlos defende o plantio direto e a rotação de culturas diversificadas como forma de aumentar a qualidade do solo e, consequentemente, a produtividade das safras de verão. Apesar de compreender que hoje os produtores rurais do Brasil não podem se dar ao luxo de perder a lucratividade seja na safrinha ou na safra de verão, Luiz Carlos afirma que em médio e longo prazo a alternativa mais rentável e sustentável para as propriedades rurais será a produção consorciada no inverno ou a rotação de culturas com maior diversidade, garantindo mais sanidade para o cultivo de verão.

“O sistema mais usado no Brasil e também em Mato Grosso do Sul é o cultivo da soja na safra de verão e o milho na safra de inverno. Mas já temos muitos produtores adotando outros sistemas, como o plantio de milho na safra de inverno consorciado com braquiária. A braquiária não tem valor comercial, mas ela melhora muito a fertilidade do solo, devido à palha e a características da sua raiz”, exemplifica Luiz Carlos.

A pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 2015 trabalha alternando soja e milho de verão com outros cultivos no inverno como a aveia branca e a aveia preta, a rama forrageira, o milheto, e crotalárias (que são excelentes controladoras de neumatóides).

Além dessas plantas mais conhecidas entre os produtores, na área experimental do professor Luiz Carlos há cultivo de plantas alternativas como o níger e o cártamo, que são oleaginosas, da família do girassol. “Nesse momento estamos estudando essas plantas, vendo se elas podem futuramente se tornar culturas importantes tanto no ponto de vista comercial como no ponto de vista de recuperação de solo”, explica o professor.

De acordo com o professor Luiz Carlos, plantas como o cártamo e o níger, podem futuramente ser exploradas para produção de óleos comestíveis de alta qualidade. Acima de tudo, essas plantas apresentam resultados expressivos na recuperação da fertilidade do solo, devido às características de suas raízes e da folhagem residual após a colheita. Cultivos de soja e milho plantados sobre a palha dessas duas variedades atingem produtividades até 5 vezes acima da média das áreas onde se alternam somente as culturas de soja e milho, plantadas no verão e inverno respectivamente.

 


fazenda experimental
Professor Luiz Carlos em entrevista para a TV Morena

 

fazenda experimental 1
Cultivos da área experimental

 

fazenda experimental 2
Professor Luiz Carlos em entrevista para a TV Morena

 

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Professor Luiz Carlos em entrevista para a TV Morena

 

fazenda experimental 4
Servidores da Fazenda Experimental

 

fazenda experimental 5
Professor Luiz Carlos em entrevista para a TV Morena




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