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Maio
04
2022

Produtores de mel criam associação em Miranda com apoio da UFGD

  Atualizada: 05/05/2022

 

Flor de camalote 1


Na última semana, a equipe do projeto de extensão da UFGD “Apiário Flor de Camalote” e a diretoria do Sicredi Pantanal realizaram visita técnica à comunidade ribeirinha localizada em Miranda/MS. O projeto tem como objetivo auxiliar os produtores do apiário na formalização de sua organização social e desenvolvimento dos processos de gestão, produção e comercialização de mel e seus derivados. As atividades de extensão estão acontecendo desde setembro do ano passado, mas foi nessa visita no final de abril que a associação foi constituída e oficialmente organizada.

ENTENDA O CONTEXTO

Os produtores do Flor de Camalote são também pescadores. A pesca era a principal atividade econômica exercida pela comunidade. Contudo, a redução dos estoques pesqueiros no Rio Miranda, a degradação de recursos naturais e os períodos de defeso durante a piracema tornam a atividade desse grupo cada vez mais incerta. Assim, os pescadores buscaram outra fonte de renda e encontraram na apicultura uma alternativa de sustento.

Porém, de acordo com uma das coordenadoras do projeto, professora Jane Corrêa Alves Mendonça, existem atravessadores no processo, que compram dos ribeirinhos o mel por um valor muito abaixo do mercado e revende por um valor alto. Essa última visita técnica serviu, ainda, para que a diretoria do Sicredi pudesse conhecer a realidade socioeconômica da comunidade e os impactos do projeto para, assim, firmar acordo com apoio financeiro.

COMO VAI FUNCIONAR

Os apicultores dominam o processo de produção, mas carecem de conhecimentos técnicos de gestão e comercialização, que são áreas de expertise da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE/UFGD). Assim, através deste projeto, serão implementadas ações que envolvem aspectos práticos das áreas de gestão, comercialização, produção, cooperativismo, marketing, finanças, entre outros. Professores da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/UFGD) irão auxiliar, ainda, no acondicionamento em embalagens, uso de logomarca, informações para rastreamento do produto pelo consumidor, dentre outros.

Dessa forma, os apicultores conseguirão otimizar os resultados e aumentar a produtividade, ampliando a geração de emprego e renda, o que contribui com o desenvolvimento local e com a redução das desigualdades sociais. Já os estudantes de graduação e pós-graduação envolvidos poderão colocar em prática os conhecimentos obtidos na universidade, como uma espécie de laboratório social.

PARCERIA

Agora que a associação está constituída, o próximo passo é enviar a proposta para apoio financeiro do Sicredi, para estruturar toda a cadeia de produção - da extração do mel até a comercialização. O patrocínio ajudará, também, na construção da Casa do Mel e no financiamento de um barco que servirá para transporte das caixas de abelhas, que ficam espalhadas ao longo do Rio Miranda.

Como o Sicredi é uma cooperativa, o foco é trabalhar a questão financeira e sustentável para expandir o número desses produtores de mel. Dessa forma, após um longo período de apoio, que pode se estender por até 5 anos, o objetivo é que a associação se torne uma cooperativa, que poderá desenvolver atividade comercial em média ou grande escala.

O projeto de extensão é desenvolvido em parceria entre discentes e docentes da
Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE/UFGD); da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/UFGD); das Faculdades de Comunicação, Artes e Letras (FACALE/UFGD) e de Educação a Distância (EaD/UFGD); do Programa de Mestrado e Doutorado em Agronegócios (PPGAgronegócios/UFGD) e do Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (IPEDI).

Jornalismo ACS/UFGD

 

Flor de camalote 3

 

Flor de camalote 4

 

Flor de camalote 5


 




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