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Maio
14
2021

Planta nativa do cerrado é estudada por pesquisadores da UFGD por seu potencial antimicrobiano e cicatrizante

  Atualizada: 14/05/2021
Amplamente encontrado em Mato Grosso do Sul, o algodãozinho do cerrado processado em gel poderá ser utilizado na prevenção e no tratamento de infecções de pele

Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) esteve em destaque na imprensa local nesta semana. A partir de uma planta facilmente encontrada em Mato Grosso do Sul, o algodãozinho do cerrado, está sendo desenvolvido um gel cicatrizante que, caso tenha resultados positivos nos testes, pode ser empregado na prevenção e no tratamento de infecções de pele.
 
Coordenado pela professora Kelly Mari Pires de Oliveira, da Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais (FCBA) da UFGD, o estudo é uma sequência de outros estudos sobre plantas do bioma sul-mato-grossense, iniciados em 2013, e atualmente é tema da pesquisa de doutorado da estudante Fernanda Galvão, pelo Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde. Participam do grupo, ainda, alunos da graduação em Biotecnologia e outros integrantes da pós-graduação.
 
Kelly, que é farmacêutica bioquímica e doutora em Ciência de Alimentos, explica que a planta é uma espécie muito resistente às queimadas em campos e pastagens e já é utilizada tradicionalmente pela população rural. “Geralmente é usada a raiz da planta e, consequentemente, ela morre. Nosso objetivo é produzir o gel à base das folhas, garantindo, assim, a vida dessa espécie que já está na lista de plantas ameaçadas de extinção”, afirma.
 
A pesquisa recebeu incentivo financeiro da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do
Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado do Mato Grosso do Sul (Fundect) por meio de edital do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS), em 2020. A iniciativa, segundo o órgão, tem por objetivo investir em pesquisas realizadas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 
A docente Kelly conta que a percepção do potencial da planta surgiu em conversas com raizeiros da cidade. “Observando o que é comercializado, encontramos o algodãozinho do cerrado e fomos estudá-lo para confirmar sua ação antimicrobiana e anti-inflamatória”, explica. A ideia é que, após a finalização da pesquisa, o gel cicatrizante seja incorporado ao grupo de medicamentos utilizados no SUS, por meio da iniciativa Farmácia Viva.
 
Atualmente, o experimento está na fase de testes em laboratório e a expectativa é de que o produto esteja finalizado em 2022.
 
Confira a repercussão do estudo na imprensa local:
 
Release no portal da Fundect
 
Matéria veiculada na RIT TV
 
FARMÁCIA VIVA
 
O programa, que atende às diretrizes da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde, é vinculado às secretarias municipais de saúde que, via edital, encaminham projetos solicitando a estruturação de uma Farmácia Viva em sua área de atuação.
 
Essas farmácias, além de disponibilizarem fitoterápicos para a atenção primária à saúde, promovem as etapas de cultivo, coleta, processamento, armazenamento de plantas medicinais, preparação e dispensação de produtos magistrais e oficinais de plantas medicinais e fitoterápicos.
 
Aliás, a dispensação de fitoterápicos no SUS somente é feita sob prescrição de profissional de saúde habilitado e, quando utilizados corretamente, os produtos à base de plantas medicinais apresentam perfil de segurança.
 
Jornalismo ACS/UFGD com informações dos portais da Fundect e do Ministério da Saúde



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Crédito das imagens: Fernanda Galvão