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Outubro
06
2022

NOTA SOBRE NOVO CORTE NO ORÇAMENTO DA UFGD

  Atualizada: 06/10/2022
Com impacto direto no custeio de despesas da universidade, como energia elétrica e serviços terceirizados, corte é de R$ 399 mil

Diante do cenário de novo contingenciamento imposto nesta semana pelo governo federal ao orçamento do Ministério da Educação (MEC), situação que impacta diretamente as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) vem a público contestar de forma contundente mais esse aviltante ataque à educação pública brasileira.

Para a UFGD, nesse único ato, o montante bloqueado corresponde a R$ 399 mil. Com o orçamento extremamente limitado e com despesas que não estavam previstas – como a taxa municipal de lixo, que atingiu o valor de R$ 195 mil reais – a universidade encontra-se em situação extremamente vulnerável.

De forma global, o contingenciamento instituído por meio do Decreto nº 11.216, de 6 de outubro de 2022, que altera o Decreto nº 10.961, de 11 de fevereiro de 2022, com percentual de 5,8% do orçamento do MEC, reduz a possibilidade de empenhar despesas no valor de R$ 328,5 milhões de reais – o valor, somado aos cortes do ano em custeio, perfaz, até esta data, R$ 763 milhões –, valores retirados sobretudo do orçamento das universidades e dos institutos federais aprovado para 2022.

A presente situação, além de dificultar enormemente o desenvolvimento de atividades ordinárias de ensino, pesquisa e extensão, aponta limites para o próprio funcionamento da UFGD, com impactos diretos ainda para este ano, como, também, para 2023 – com orçamento previsto, aliás, menor que o do ano em curso.

É fundamental salientar que os cortes cada vez mais tendem a criar dificuldades na manutenção de, entre outros compromissos financeiros, contratos de terceirização dos quais participam um alto número de trabalhadoras e trabalhadores. Ou seja, qualquer corte pode provocar, imediatamente, o rompimento de contratos de serviços, trazendo como resultado o desemprego de dezenas ou centenas de pessoas.

O bloqueio, do ponto de vista financeiro, mas, também político, é inédito e demonstra cabalmente as prioridades do governo federal: a educação pública, nesse caso envolvendo as Instituições Federais de Ensino Superior, cada vez mais, direta e explicitamente, não parece fazer parte dos “projetos” priorizados pela atual gestão.

Nesse sentido, é necessária, agora ainda mais, a contestação acadêmico-universitária categórica a mais esse agressivo ataque às universidades federais. A possibilidade de fortalecimento da universidade em defesa de sua condição pública, gratuita e de qualidade, com aumento de ingresso, de permanência e de conclusão nos cursos de graduação e de pós-graduação, depende também da consciência e das ações de resistência da instituição e de toda a sociedade.

Por fim, a UFGD informa que, em breve, serão elencados especificamente os setores diretamente atingidos pelo novo corte.
 

Reitoria da UFGD

 

Dourados-MS, 6 de outubro de 2022.