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Junho
14
2018

HU-UFGD publica protocolo e padroniza oferta de métodos de analgesia durante o trabalho de parto

  Atualizada: 14/06/2018
O acesso à analgesia durante o trabalho de parto engloba tanto métodos farmacológicos quanto não farmacológicos de alívio da dor

Alinhado às Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal, do Ministério da Saúde, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) vem trabalhando para, cada vez mais, ofertar métodos seguros para o trabalho de parto, sem deixar de considerar os aspectos emocionais, humanos e culturais envolvidos no processo. Um desses métodos diz respeito à analgesia, como maneira de controlar a dor de forma efetiva e com o mínimo de efeitos colaterais.

Detentor da única maternidade pública de Dourados, o hospital também é referenciado para atender, além da demanda geral da cidade, as gestantes de toda a macrorregião que se encontram em situações de médio e alto risco, totalizando em média 300 partos por mês, dos quais cerca de 53% são normais (média anual até o mês de março, pelo sistema Datasus).

Desta forma, com objetivo de fornecer subsídios e orientações aos profissionais envolvidos no cuidado de mulheres em trabalho de parto, foi publicado em abril deste ano o Protocolo Clínico de Analgesia de Parto do HU-UFGD, documento que reúne e recomenda técnicas e procedimentos de reconhecida evidência científica para que a realização da analgesia de parto seja bem conduzida e tenha sucesso.

Direito de todas as parturientes, o acesso à analgesia durante o parto normal engloba tanto métodos farmacológicos como não farmacológicos de alívio da dor, e a solicitação por parte da mulher compreende indicação suficiente para que as técnicas comecem a ser empregadas, conforme a fase do parto e o grau de dilatação.

“Os métodos estão disponíveis a todas as parturientes, sendo que a equipe de profissionais envolvidos deve demonstrar sensibilidade quanto ao tipo de técnica a ser utilizada em cada paciente, já que a percepção de dor é um fenômeno subjetivo e individual”, esclarece o chefe do Setor de Urgência Materno-Perinatal, Alessandro Postal.

Métodos farmacológicos e não farmacológicos

Publicado no Boletim de Serviço nº 138 do HU-UFGD, de 23 de abril de 2018, o Protocolo Clínico de Analgesia de Parto define as responsabilidades dos diversos colaboradores envolvidos na condução do alívio da dor e uniformiza e padroniza as práticas e técnicas utilizadas. O documento foi elaborado por médicos obstetras e anestesiologistas, com base em protocolos já existentes e praticados por instituições referência do Ministério da Saúde, como é o caso da maternidade do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte (MG).

Nele, ficou definido que, não havendo contraindicações e estando confirmado o trabalho de parto, podem ser iniciados os procedimentos de analgesia, após verificado o desejo ou não da mulher em submeter-se às técnicas. Para tanto, a parturiente que solicita o emprego dos métodos, deve assinar o Termo de Consentimento Livre e Informado.

Iniciado o protocolo, a paciente é assistida por equipe multiprofissional, para suporte de sua condição emocional e a intervenção não farmacológica por meio de técnicas como massagem, exercícios respiratórios, cinesioterapia (terapia com movimentos e exercícios), termoterapia (terapia com aquecimento e resfriamento) e banhos de imersão.

Não sendo suficientes os métodos não farmacológicos, a parturiente pode ser submetida à prescrição de analgésicos e, esgotados os recursos anteriores e, não havendo contraindicações, pode ser providenciada a analgesia regional com intervenção do anestesiologista. Antes, no entanto, a mulher é informada a respeito dos riscos e dos benefícios da técnica e de como deve proceder após a instalação da analgesia.

Postal ressalta que, durante o trabalho de parto, é importante que a parturiente esteja em constante comunicação com a equipe assistencial, tanto para manifestar sua condição em relação à dor, quanto para obter informações sobre os métodos disponíveis e a possibilidade de sua utilização. “A equipe deve estar atenta e aberta a uma ampla e abrangente compreensão da situação de cada parturiente, pois para ela e seu bebê, o momento do parto é único”, conclui o médico.




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