09
2023
Estudantes da UFGD têm a oportunidade de fazer um ano de intercâmbio com tudo pago na França
Estudantes dos cursos de Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia de Aquicultura e Zootecnia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) terão, novamente, a oportunidade de fazer um intercâmbio para a França, por meio do programa BRAFAGRI/Capes.
“O estudante vai para a França fazer um semestre ou até um ano de aulas em uma das universidades parceiras. Nós traçamos, junto ao estudante, um plano de trabalho, no qual é indicado quais disciplinas vai cursar, se vai fazer algum estágio, em qual grupo de pesquisa vai colaborar. O estudante recebe o valor de até 1.330 euros para as passagens, um auxílio instalação de até 1.300 euros, seguro saúde de 90 euros por mês e bolsa de 870 euros por mês, durante seu tempo de estadia. Há ainda, um adicional de localidade, variável em função da localização da universidade da França”, explica o professor Mábio Silvan José da Silva, do curso de Zootecnia da UFGD.
Os estudantes interessados precisam ter domínio básico da língua francesa e comprovar proficiência com nível mínimo B1. Para incentivar que mais pessoas participem do programa, o Escritório de Assuntos Internacionais (ESAI/UFGD) e a coordenação do projeto estão estudando a abertura de um curso preparatório de francês aplicado, para que os intercambistas possam não somente se comunicar de forma eficaz, mas, principalmente, compreender os conteúdos específicos das disciplinas que vão cursar na França.
Isabella Maria Pompeu Monteiro Padial, aluna de Agronomia da UFGD, fez intercâmbio na França, entre 2022 e 2023
PROGRAMA BRAFAGRI
Desde 2005, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (CAPES/MEC) e a Direção Geral de Ensino e Pesquisa, do Ministério da Agricultura e Pesca da França, atuam em parceria para promover o intercâmbio de estudantes de graduação nas áreas de ciências agronômicas, agroalimentares e veterinária. Para participar do BRAFAGRI, professores pesquisadores das universidades da França e do Brasil submetem projetos, e somente as propostas aprovadas recebem apoio financeiro. Em outros anos, a UFGD já enviou estudantes à França por meio deste programa.
A novidade é que em 2023 a UFGD é, pela primeira vez, a instituição coordenadora de um projeto aprovado. O professor Mábio Silvan José da Silva é o coordenador do projeto intitulado “Transição nos Sistemas Agroalimentares para Produção e Consumo Sustentáveis”, no qual estão reunidos pesquisadores brasileiros da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e da Escola Superior Agrícola Luiz de Queiroz (Esalq/USP), e pesquisadores franceses da AgroParis Tech (Paris), INP-ENSAT (Toulouse), L’institut Agro (Rennes-Angers e Montpellier) e VetAgro Sup (Clermont Ferrand).
Mábio enfatiza que, apesar de o programa ser focado em sistemas de produção de alimentos e agronegócios, professores e estudantes de todas as áreas de conhecimento estão convidados a se aproximar do projeto. “O BRAFAGRI nos permitiu construir uma rede de contatos com pesquisadores franceses. Queremos que mais professores e estudantes da UFGD possam usufruir dessa possibilidade de parceria internacional. Estou à disposição para conversar com docentes e estudantes de qualquer curso que queiram um apoio para contatar universidades francesas em busca de parcerias”, diz Mábio.
O coordenador do ESAI, professor Matheus Hernandez, também ressalta o papel do escritório no fomento de redes internacionais e oportunidades de intercâmbio. “Nossa equipe está disponível para tirar dúvidas, auxiliar na documentação e dar todo apoio possível a todas as iniciativas de mobilidade acadêmica para estudantes, técnicos e docentes”, afirma Matheus.
EXPERIÊNCIA RECOMPENSADORA
A Isabella Maria Pompeu Monteiro Padial, aluna de Agronomia da UFGD, esteve no Institut Agro, em Montpellier, na França, entre 2022 e 2023. Ela conta que participar de intercâmbio em um outro país é um desafio, mas é muito recompensador. Ela sentiu dificuldade com a língua, no começo, e também se surpreendeu com a forma de organização do ensino - que se baseia em semestres temáticos. Além das aulas, ela também participou de um estágio de pesquisa. “Eu fiz o primeiro semestre no tema Manejo de Recursos Naturais, e Plant Sciences no segundo. No meu período de estágio, eu fiz um curso chamado Junior Research Lab, um programa de pesquisa para vários pesquisadores em que tinha matérias e um projeto de pesquisa para ser desenvolvido. Eu estudei sobre a salinidade de algumas antigas propriedades rurais na França e sua flora atual”, relata Isabella.
“O intercâmbio certamente foi a experiência mais enriquecedora que eu já vivi. Ao mesmo tempo que tudo passou em um piscar de olhos, quando eu voltei senti que havia ficado fora por anos. A minha mentalidade sobre as coisas mudou complemente, e eu sinto que eu cresci muito como pessoa. Eu o recomendo a qualquer estudante que tenha a oportunidade de ir, certamente não vai se arrepender”, recomenda Isabelli.
Jornalismo ACS/UFGD
Isabella com colegas do Institut Agro, em Montpellier, na França.
Isabella no Arco do Triunfo, em Paris.