acessibilidade

Envolvendo estudantes, professores e técnicos administrativos da UFGD e da Uems em todos os seus campi (Dourados, Amambai, Nova Andradina, Ivinhema, Glória de Dourados, Ponta Porã e Maracaju), a 6ª edição do Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (ENEPEX-2019) ultrapassou a edição anterior e está contando com mais de 1,6 mil trabalhos científicos sendo apresentados pela comunidade acadêmica. Ano passado foram 1.244 trabalhos inscritos.

Durante a solenidade de abertura realizada na tarde de hoje (18), no Auditório Central localizado na Cidade Universitária, as autoridades parabenizaram principalmente o esforço dos estudantes por esse recorde e falaram sobre a importância de um evento como o ENEPEX, no cenário atual de dificuldades enfrentadas pelas universidades, para mostrar à sociedade a relevância da ciência, apresentar a produção das duas instituições públicas de ensino, o quanto elas transformam a vida das pessoas e a diferença que fazem no estado e no País. 

Todos os discursos seguiram essa linha. No entanto, o reitor em exercício da UFGD, Luciano Oliveira Geisenhoff, acrescentou uma sugestão: a internacionalização da edição de 2020. Ele lançou como um “novo desafio”, que a edição do ano que vem seja internacional, com a participação das universidades dos países vizinhos.

A inspiração pode ter vindo da apresentação cultural do Grupo Andes, formado por professores da UFGD e da Uems, e que iniciou a solenidade de abertura com músicas andinas. Amanhã (19) as sessões de pôsteres acontecerão das 8h às 18h. A programação completa pode ser acessada em: http://enepex.uems.br/assets/uploads/programacao/arquivos/1_2019-09-04_07-49-19.pdf.

Além do reitor em exercício da UFGD, a mesa de abertura foi formada pelo pró-reitor de Ensino de Pós-graduação e Pesquisa da UFGD, Tomaz Espósito Neto; pela pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da Uems, Marcia Regina Alvarenga, no momento representando o reitor da Uems, Fábio Edir e; pela  pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Uems, Luciana Ferreira da Silva.

PESQUISA E TECNOLOGIA

Convidado para falar sobre o tema “Pesquisa e tecnologia: ações para um futuro sustentável”, o professor e pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Teodorico de Castro Ramalho, fez a conferência de abertura do evento.

O palestrante iniciou apresentando alguns indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação que chamaram a atenção para a habilidade de produção conhecimento, com 2% da produção indexada mundial sendo brasileira, frente à dificuldade de transformar o conhecimento em inovação, já que o País ocupa a 69ª posição no Índice Global de Inovação. 

Abordou então a diferença que pode haver entre os interesses da universidade e da indústria, usando como exemplo o setor agroquímico. Teodorico afirmou a tecnologia dos agroquímicos como solução em busca da produtividade, apresentou um cronograma com  os compostos criados ao longo do tempo e reforçou o enorme cuidado que se deve ter para que a tentativa de aumentar a produção de alimentos, produzindo mais com menos recursos, não seja desvirtuada para a geração de armas químicas, por meio da modificação das estruturas dos compostos. Para ele, a pesquisa nas universidades teria um papel fundamental nesses limites para “não errar a mão”. Sobre esse assunto, ele encerrou seus apontamentos citando a frase de Franklin Roosevelt de que: “Uma nação que destrói o seu solo, destrói a si mesma” (1937).

Quanto ao desenvolvimento sustentável, ele definiu como o tripé: prosperidade econômica, progresso social e responsabilidade ambiental, e exemplificou com o plano ambiental da Universidade Federal de Lavras, iniciado em 2008, e composto por diversas ações, entre elas o tratamento que a própria universidade faz da água e do esgoto, os prêmios e a repercussão que a instituição recebeu a partir do plano ambiental e o impacto que a UFLA tem na cidade, especialmente pelo Lavrastec, contribuindo para que o município fosse classificado entre os quatro mais inovadores de Minas Gerais.