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Katryna tem 17 anos, é da etnia Guarani e vive na Aldeia Bororó em Dourados. Ela sempre desejou participar do concurso, mas a decisão de disputar uma vaga veio somente após a transição, que aconteceu há 3 anos.
Apesar da inscrição de Katryna ter sido aceita, foi difícil para a comissão organizadora, inseri-la na categoria feminina. A participação de uma candidata trans provocou críticas e resistência da comunidade, que ainda mantém costumes conservadores na aldeia. No entanto, para que o seu direito fosse respeitado, a comissão decidiu colocá-la em uma categoria especial, a dos trangêneros, em que Katryna não pontuaria – uma vez que não havia concorrentes para ela – mas seria representante do público LGBT na aldeia. A primeira candidata trans nesses nove anos de evento.
Por sua coragem, Katryna recebeu das mãos do Reitor em exercício da UFGD e jurado do Concurso, Marcio Barros, a faixa com o título de Miss Diversidade Indígena. Foi um momento cheio de emoção, que contagiou todos os presentes. “Quero ser inspiração para outros indígenas que sentem receio em assumir suas identidades de gênero e encorajar a todos para que busquem apoio e se libertem”, disse em meio às lágrimas.
Para Marcio Barros, Katryna fez história ao desfilar como primeira candidata transgênero a Miss Indígena da Reserva Indígena de Dourados: “barreiras foram rompidas. A Comunidade LGBT Indígena, tem que ser acolhida e valorizada dentro e fora de suas comunidades. Estou realmente grato por participar de um evento como este e compartilhar da emoção da Katryna”, finalizou.
O júri elegeu como Miss e Mister Indígena, Danielle Fischer, 16 anos, e Eduardo Freitas, 18 anos, ambos da etnia terena, residentes na Aldeia Jaguapiru.
Abril
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UFGD prestigia concurso de beleza indígena de MS com a participação de candidata transgênero
Atualizada: 29/04/2019
Reitor em exercício, Marcio Barros, entrega faixa de Miss Diversidade Indígena à primeira candidata transgênero a participar de um concurso de beleza indígena no MS / Foto: Franz Mendes
Na noite do último sábado, 27 de abril, foi realizado na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, o Concurso Miss e Mister Indígena. O evento, que já existe há nove anos, teve um diferencial nesta edição: a participação de Katryna Malbem, uma candidata transgênero, que entrou como concorrente especial.
Katryna tem 17 anos, é da etnia Guarani e vive na Aldeia Bororó em Dourados. Ela sempre desejou participar do concurso, mas a decisão de disputar uma vaga veio somente após a transição, que aconteceu há 3 anos.
Apesar da inscrição de Katryna ter sido aceita, foi difícil para a comissão organizadora, inseri-la na categoria feminina. A participação de uma candidata trans provocou críticas e resistência da comunidade, que ainda mantém costumes conservadores na aldeia. No entanto, para que o seu direito fosse respeitado, a comissão decidiu colocá-la em uma categoria especial, a dos trangêneros, em que Katryna não pontuaria – uma vez que não havia concorrentes para ela – mas seria representante do público LGBT na aldeia. A primeira candidata trans nesses nove anos de evento.
Por sua coragem, Katryna recebeu das mãos do Reitor em exercício da UFGD e jurado do Concurso, Marcio Barros, a faixa com o título de Miss Diversidade Indígena. Foi um momento cheio de emoção, que contagiou todos os presentes. “Quero ser inspiração para outros indígenas que sentem receio em assumir suas identidades de gênero e encorajar a todos para que busquem apoio e se libertem”, disse em meio às lágrimas.
Para Marcio Barros, Katryna fez história ao desfilar como primeira candidata transgênero a Miss Indígena da Reserva Indígena de Dourados: “barreiras foram rompidas. A Comunidade LGBT Indígena, tem que ser acolhida e valorizada dentro e fora de suas comunidades. Estou realmente grato por participar de um evento como este e compartilhar da emoção da Katryna”, finalizou.
O júri elegeu como Miss e Mister Indígena, Danielle Fischer, 16 anos, e Eduardo Freitas, 18 anos, ambos da etnia terena, residentes na Aldeia Jaguapiru.
Danielle Fischer, 16 anos, e Eduardo Freitas, 18 anos, foram os vencedores do Concurso Miss e Mister Indígena / Foto: Franz Mendes
Assessoria de Comunicação da Reitoria