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2017
No Dia Mundial da Sepse, colaboradores e visitantes participam de campanha no HU-UFGD
Com o objetivo de ampliar a conscientização da comunidade hospitalar sobre a gravidade da sepse, doença popularmente conhecida como “infecção generalizada”, o Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) realizou nesta quarta-feira (13) um dia de campanha com foco na prevenção.
No mundo todo, a enfermidade mata mais que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio, tendo sido instituída a data de 13 de setembro como o Dia Mundial da Sepse, no intuito de dar maior visibilidade ao assunto. No HU-UFGD, as ações de prevenção e conscientização, que já são constantes, tiveram maior amplitude no dia de hoje com atividades acontecendo em todo o hospital.
Pela manhã, os colaboradores foram recepcionados com a “Cabana da Verdade”, estrutura montada na entrada de funcionários, similar a uma tenda, toda fechada e equipada com luz negra, que torna “fluorescentes” locais do ambiente hospitalar e partes do corpo que não estejam adequadamente higienizados.
Lá dentro, profissionais do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente demonstraram como a sepse pode ser rapidamente identificada e alertaram sobre a ágil evolução da doença. Também foram exibidos vídeos e distribuídos panfletos com informações a colaboradores, acompanhantes e visitantes, com o apoio de acadêmicos do curso de Enfermagem da Unigran.
“Achei muito interessante, porque é uma maneira diferente de atrair a atenção dos colaboradores. Até eu, que não sou da área assistencial, fiquei querendo saber o que tinha na ‘cabana’, e aprendi muito”, diz a engenheira de Segurança do Trabalho, Marcella Moura.
Nos setores de assistência, no período da tarde, os funcionários participaram de uma gincana educativa com ênfase na resposta rápida à sepse. Questionados sobre os sinais da doença, cada equipe teve um minuto para responder corretamente sobre os aspectos da triagem para o paciente com suspeita da enfermidade.
O que é a sepse?
Estima-se que, a cada ano, no Brasil, a doença atinja 670 mil pessoas. Antigamente era conhecida como septicemia ou infecção generalizada e, na verdade, trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar à parada de funcionamento de um ou mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente.
Atualmente, é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI), sendo que o Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo pela sepse, com uma estimativa de 240 mil óbitos por ano.
Entender o que é a doença já é um importante passo nessa luta. Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. Por isso, quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da enfermidade. Para tal, o tratamento rápido das infecções é uma estratégia que deve ser adotada.
Prevenção
O risco de sepse pode ser diminuído com ações simples e de baixo custo, principalmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação. A higiene adequada das mãos e cuidados com o equipamento médico também podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse. É importante frisar, no entanto, que a sepse não acontece só por causa de infecções hospitalares. Assim, bons hábitos de saúde podem ajudar. Outra dica essencial é evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos.
Para saber mais, acesse o site do Dia Mundial da Sepse (http://diamundialdasepse.com.br/) ou solicite informações ao Instituto Latino Americano de Sepse (www.ilas.org.br).