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Março
20
2015

Grupo Mandi’o apresenta Ara Pyahu na USP e na UNICAMP

  Atualizada: 21/03/2015
Considerado um dos grandes espetáculos produzidos por um grupo originado no curso de Artes Cênicas da UFGD, “Ara Pyahu: Des/caminhos do contar-se”, que já foi apresentado em Dourados, Bonito e Campo Grande, vai caminhar agora em outro estado.

O grupo Mandi’o foi convidado para se apresentar, no mês março, nas cidades de Campinas e São Paulo. Como parte da programação do Unidança, mostra organizada pelo curso de Bacharelado e Licenciatura em Dança da UNICAMP, o grupo douradense, além de se apresentar, vai ministrar oficina teórico-prática sobre a metodologia de pesquisa, extensão e arte do grupo e processo de criação do espetáculo junto aos grupos guarani-kaiowá de Mato Grosso do Sul.

O Mandi'o possui parceria com o projeto "Arte e Cultura Indígena", desenvolvido desde 2012 pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEX/UFGD), com o patrocínio do Ministério da Cultura, que atende moradores das aldeias Tekoha, Mbororó, Jaguapiru e Panambizinho e dos acampamentos vizinhos (Tekoharã) ao município de Dourados.
 
Sinopse
 
Ara Pyahu é, para os guarani-kaiowá, um tempo espaço renovado. O grupo Mandi’o busca, em seu trabalho, expressar um pouco dos caminhos e descaminhos vivenciados por esses povos indígenas. O grupo vivenciou contos, músicas e danças dos guarani-kaiowá e construiu uma narrativa poética e simbólica de uma dramaturgia não-linear, que se divide em três tempos, tempos estes que, para os guarani-kaiowá, definem sua história.

O primeiro tempo é o da antiguidade, o tempo perfeito (ymãguare), em que a caminhada se volta para os ancestrais, para o caminho da palavra sagrada e da origem cosmológica; o segundo é o tempo do espalhamento compulsório (sarambi), em que acontecem seus primeiros contatos com o homem branco; e o terceiro, tempo do direito, tempo das interculturalidades, lutas e batalhas judiciais pelas terras.
 
O grupo
 
A palavra “Mandi ́o” tem sua origem nas língua tupi-guarani e significa mandioca, tubérculo nativo que é base da alimentação indígena e amplamente utilizado na culinária sul-mato-grossense, assim como nas regiões vizinhas no Paraguai e na Bolívia.

Ao se chamar por esse nome, o grupo quer expressar sua orientação filosófica vinculada ao popular, se reafirmando como um grupo de pesquisa de dança/teatro contemporâneo e das expressões culturais enraizadas no solo sul-mato-grossense.

O Grupo Mandi’o foi formado durante a graduação de Artes Cênicas da UFGD e o espetáculo foi originalmente montado como trabalho de conclusão de curso.
 
Criação
 
O processo de criação do Ara Pyahu foi inteiramente coletivo, considerando a orientação das comunidades visitadas, que conduziram algumas cenas desenvolvidas ao longo das visitas às aldeias. Foram vários meses de diálogo entre os indígenas e os integrantes do Mandi’o.

O grupo contou, ainda, com a ajuda da antropóloga Graciela Chamorro na construção da dramaturgia, na pronúncia da língua indígena e na compreensão da filosofia e história guarani-kaiowá.

O espetáculo “Ara Pyahu: Des/caminhos do contar-se” pretende estimular a divulgação e perpetuação dos cantos/danças e a revitalização da cultura guarani-kaiowá, ampliando a discussão do tema indígena, artística e politicamente, e fomentando o estreitamento entre a sociedade em geral e a cultura indígena tradicional e contemporânea.
 
Agenda
 
23 de março
16h - Oficina – metodologia de pesquisa e processo de criação
(Sala AD02 do Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP)
 
24 de março
19h - Ara Pyahu: Des/caminhos do contar-se
(Sala AC03 do Departamento de Artes Cênicas da UNICAMP)
 
25 de março
14h – Ara Pyahu: Des/caminhos do contar-se
(Teatro Laboratório da Escola de Comunicação e Artes da USP)
 
Ficha Técnica
 
Direção: Carla Ávila; Assistente de Direção/Co-Direção: Arami Arguello; Elenco: Arami Arguello, Joisce Dias, Raique Moura, Rosana Marques, Wagner Torres, Zezinho Martins; Dramaturgia e Figurino: Coletivo; Cenografia e Operação de Som: Rodrigo Bento; Direção Musical e Trilha Sonora Original: Marcos Chaves; Desenho e Operação de Luz: Gil Esper; Design Gráfico, Ilustrações e Fotografia: Camila Faca; Criação e Produção: Grupo Mandi’o; Contra-Regragem: Antônio Oliveira.



    Fotos

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