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Inicialmente implementada na Enfermaria Pediátrica, a atividade representa um ganho significativo no que diz respeito às normas e práticas de Segurança do Paciente. A cada novo usuário internado, um profissional farmacêutico é designado, independentemente do turno, para realizar uma conversa com o familiar ou responsável pela criança.
Por meio da entrevista, é possível identificar se o paciente, antes de ser internado, já fazia uso de algum tipo de medicamento e avaliar, por exemplo, se a continuidade deste tratamento é essencial ou se há risco de interação medicamentosa caso administrado juntamente a outras substâncias prescritas durante a internação.
Uso racional de medicamentos
Responsável pela inserção da nova rotina no Setor de Farmácia Hospitalar, a farmacêutica Magda Laíse Oliveira explica que o foco do serviço é a otimização do uso racional de medicamentos. “A conciliação medicamentosa traz ganho no cuidado ao paciente, buscando identificar os medicamentos usados diariamente em casa e, por desconhecimento, não informa à equipe assistencial durante a internação”, explica.
Ela afirma, ainda, que a prática permite realizar uma análise similar durante as movimentações do paciente pelos diversos setores assistenciais pelos quais passa dentro do hospital, permitindo reduzir possíveis eventos adversos. O desafio agora, é ampliar a conciliação para outras áreas de internação que recebem usuários de risco elevado, como a Clínica Médica e as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Para o chefe do Setor de Farmácia Hospitalar do HU-UFGD, Armando Jorge Junior, o início desta atividade abre espaço para mais um dos papéis que o profissional farmacêutico pode ter junto ao paciente, garantindo sua maior integração à equipe multiprofissional.
“O objetivo é garantir a melhoria do tratamento e a recuperação do paciente, de forma que ele receba os medicamentos adequados e não permaneça sem a utilização de outros que possam ser imprescindíveis para manutenção de sua saúde. Além disso, com o estreitamento dos laços paciente-farmacêutico, há o aumento da confiança por parte do usuário, favorecendo a adesão aos tratamentos medicamentosos após a alta hospitalar e, consequentemente, a redução de possíveis reinternações", avalia.
Evitando erros de medicação
Ainda de acordo com Armando, no ambiente hospitalar, os erros de medicação são considerados os principais motivos de danos a pacientes e podem ocorrer em qualquer nível de cuidado, desde a prescrição até a administração do medicamento. “A literatura nos permite afirmar que mais de 50% dos erros de medicação ocorrem quando os pacientes recebem alta ou são transferidos entre unidades, mostrando que os pontos de transição são vulneráveis para a ocorrência de erros”, afirma.
“Em razão disso, obter o histórico confiável dos medicamentos utilizados pelo paciente desde a entrada no hospital, como também nas transferências internas entre os diferentes serviços que o paciente possa vir a passar até a alta, por meio da prática da conciliação de medicamentos, permite garantir maior segurança no processo, e consequentemente, no atendimento aos pacientes”, completa o gestor.
Fonte: Unidade de Comunicação - HU-UFGD
Janeiro
15
2019
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2019
Farmácia Hospitalar do HU-UFGD implanta serviço de conciliação medicamentosa
Atualizada: 15/01/2019
Prática visa verificar junto ao paciente ou familiar, informações a respeito de medicamentos já em uso antes da internação para que sejam conciliados aos que serão administrados durante o tratamento no hospital
No mês de dezembro, a Farmácia Hospitalar do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) deu início ao serviço de conciliação medicamentosa. A atividade, que é prevista em protocolo do Ministério da Saúde (Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos), consiste em colher informações a respeito dos medicamentos já em uso pelo paciente, por meio de uma rápida entrevista, de modo a contribuir com os demais membros da equipe de saúde, otimizar os serviços clínicos prestados e auxiliar na promoção da prescrição segura.
Inicialmente implementada na Enfermaria Pediátrica, a atividade representa um ganho significativo no que diz respeito às normas e práticas de Segurança do Paciente. A cada novo usuário internado, um profissional farmacêutico é designado, independentemente do turno, para realizar uma conversa com o familiar ou responsável pela criança.
Por meio da entrevista, é possível identificar se o paciente, antes de ser internado, já fazia uso de algum tipo de medicamento e avaliar, por exemplo, se a continuidade deste tratamento é essencial ou se há risco de interação medicamentosa caso administrado juntamente a outras substâncias prescritas durante a internação.
Uso racional de medicamentos
Responsável pela inserção da nova rotina no Setor de Farmácia Hospitalar, a farmacêutica Magda Laíse Oliveira explica que o foco do serviço é a otimização do uso racional de medicamentos. “A conciliação medicamentosa traz ganho no cuidado ao paciente, buscando identificar os medicamentos usados diariamente em casa e, por desconhecimento, não informa à equipe assistencial durante a internação”, explica.
Ela afirma, ainda, que a prática permite realizar uma análise similar durante as movimentações do paciente pelos diversos setores assistenciais pelos quais passa dentro do hospital, permitindo reduzir possíveis eventos adversos. O desafio agora, é ampliar a conciliação para outras áreas de internação que recebem usuários de risco elevado, como a Clínica Médica e as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Para o chefe do Setor de Farmácia Hospitalar do HU-UFGD, Armando Jorge Junior, o início desta atividade abre espaço para mais um dos papéis que o profissional farmacêutico pode ter junto ao paciente, garantindo sua maior integração à equipe multiprofissional.
“O objetivo é garantir a melhoria do tratamento e a recuperação do paciente, de forma que ele receba os medicamentos adequados e não permaneça sem a utilização de outros que possam ser imprescindíveis para manutenção de sua saúde. Além disso, com o estreitamento dos laços paciente-farmacêutico, há o aumento da confiança por parte do usuário, favorecendo a adesão aos tratamentos medicamentosos após a alta hospitalar e, consequentemente, a redução de possíveis reinternações", avalia.
Evitando erros de medicação
Ainda de acordo com Armando, no ambiente hospitalar, os erros de medicação são considerados os principais motivos de danos a pacientes e podem ocorrer em qualquer nível de cuidado, desde a prescrição até a administração do medicamento. “A literatura nos permite afirmar que mais de 50% dos erros de medicação ocorrem quando os pacientes recebem alta ou são transferidos entre unidades, mostrando que os pontos de transição são vulneráveis para a ocorrência de erros”, afirma.
“Em razão disso, obter o histórico confiável dos medicamentos utilizados pelo paciente desde a entrada no hospital, como também nas transferências internas entre os diferentes serviços que o paciente possa vir a passar até a alta, por meio da prática da conciliação de medicamentos, permite garantir maior segurança no processo, e consequentemente, no atendimento aos pacientes”, completa o gestor.
Fonte: Unidade de Comunicação - HU-UFGD