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Junho
24
2016

UFGD – FAZ: Ciência – Estresse por falta de água em plantas?

  Atualizada: 24/06/2016
Segundo estudos desenvolvidos por pesquisadores, pós-graduandos e pós-doutorandos da UFGD, isso é normal acontecer.  

Para os vegetais, o estresse é causado por uma condição desfavorável do ambiente ao seu metabolismo, crescimento e desenvolvimento. No cerrado, stricto sensu, arbustos e pequenas árvores são submetidos à seca por um longo período (cinco meses ou mais) o que, associado a altas temperaturas, restringem a ocorrência de espécies florestais nesse ambiente. Isso tem ocorrido com mais frequência devido às mudanças climáticas globais e aos fenômenos meteorológicos, como El Niño e La Niña, que têm levado à distribuição e à frequência irregular das chuvas nos últimos anos.  

Os artigos “Recovery of the photosynthetic capacity of Campomanesia adamantium after water déficit”, publicado na Revista Brazilian Journal of Botany e “Gas exchange and photosynthetic activity in Hancornia speciosa seedlings under water deficit conditions and during rehydration”, publicado no Bioscience Journal,  relatam o comportamento metabólico das mudas dessas espécies quando submetidas a períodos de falta de água e potencial das mesmas de se recuperarem quando a irrigação volta a acontecer.

A pesquisa foi desenvolvida como parte das pesquisas das mestrandas do Programa de Biologia Geral/Bioprospecção, Fernanda Junglos e Flavia Kodama e Pós-doutoranda em Agronomia, Daiane Mugnol Dresch, sob orientação da professora Silvana de Paula Quintão Scalon, da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA/UFGD). O estudo teve como objetivo avaliar o potencial de sobrevivência e de recuperação metabólica das mudas das espécies frutíferas nativas no Cerrado (guavira e mangaba), de grande importância alimentícia, medicinal e econômica, amplamente exploradas de maneira não sustentável e comercializadas pela população regional. O projeto visa à possibilidade de produzir mudas com o mínimo de consumo hídrico, bem como a probabilidade de plantio dessas mudas para recuperação de áreas degradadas. As pesquisas mostraram que essas espécies sofrem redução no metabolismo fotossintético, que chega a valores próximos de zero aos 31 a 42 dias sem água respectivamente e, entretanto, recuperam suas atividades metabólicas quando voltam a ser irrigadas.
 
Os links completos para leitura dos artigos são:  http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40415-016-0275-x
http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/view/26088/16732
 



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