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Maio
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Não houve estupro: Polícia divulga resultado da investigação
Atualizada: 05/05/2016
A Delegacia de Atendimento à Mulher de Dourados (DAM) divulgou, hoje (05), o resultado das investigações sobre a denúncia de estupro que teria ocorrido na Cidade Universitária no dia 04 de abril.
De acordo com o delegado regional Lupércio Degerone Lúcio, os autos comprovaram que o que houve, na verdade, foi uma relação consensual entre a pretensa vítima e uma terceira pessoa, que não o acusado inicialmente, e que essa relação ocorreu fora do ambiente acadêmico.
A delegada titular da DAM, Paula Ribeiro dos Santos Oruê, lamentou que o nome do possível suspeito, acusado injustamente, tenha sido divulgado, e explicou que o laudo pericial apontou que não houve vestígio algum de violência. “Não houve crime, mas devido à intensidade de manifestações, é importante esclarecer que, a todo momento, desde o início das investigações, as duas universidades se colocaram inteiramente à disposição da Polícia Civil para todo e qualquer auxílio necessário e buscaram a verdade junto conosco, incansavelmente”, afirmou a delegada.
O fato de a denúncia ter sido esclarecida e não ter acontecido um crime não cessa as discussões dentro da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) nem interrompe a implementação de ações de combate à violência de gênero e contra as pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais).
A reitora da UFGD, Liane Maria Calarge, esteve presente na coletiva de imprensa de hoje e foi categórica ao confirmar que as ações de combate à violência vão continuar. “A denúncia oportunizou o desencadeamento de uma série de discussões que são muito importantes. O ambiente da Universidade nada mais é do que um reflexo da sociedade na qual ela está inserida, e trata-se de um ambiente formador de opinião. Nesse sentido, precisamos fortalecer as ações para prevenir violências de gênero e amenizar o sofrimento das eventuais vítimas. Às vezes a mulher não tem coragem de denunciar uma agressão por receio de não ser ouvida ou de o ambiente no qual ela vai fazer essa denúncia não ser adequado, e nós precisamos ampará-las”, garante a reitora.
É preciso reforçar, ainda, a importância do trabalho conjunto entre reitoria e comunidade universitária. No dia 18 de abril, a UFGD e a UEMS realizaram uma assembleia conjunta para que os coletivos de movimentos sociais estabelecessem metas para direcionar o trabalho das duas administrações. A reitoria da UFGD se coloca a disposição para trabalhar em cima do que as mobilizações demandarem, reforça que ainda está aberta e aguarda o recebimento oficial das propostas elaboradas na assembleia do dia 18.
AÇÕES NA UFGD
Assim que teve conhecimento da denúncia de estupro de uma acadêmica da UEMS, em 04 de abril, nas proximidades da Biblioteca Central, a administração da UFGD se manifestou publicamente contra a violência sexual, colocou-se à disposição dos órgãos de segurança pública para colaborar nas investigações e o Hospital Universitário realizou os protocolos de atendimentos de saúde demandados em situações de estupro.
Além disso, o reitorado, a Ouvidoria, diversos órgãos da administração central e das pró-reitorias participaram das várias reuniões, audiências e manifestações realizadas nos dias de mobilização e de debate da denúncia e também estiveram presentes na assembleia geral universitária, realizada dia 18, com o tema “Prevenções e medidas contra as violências de gênero sofridas pelas mulheres no meio universitário”. Nesse sentido, para oportunizar a participação do maior número de estudantes e servidores nas manifestações e reuniões sobre o tema, a administração também suspendeu as aulas nos dia 05 e 18 de abril.
Enquanto aguardava que a denúncia fosse investigada e o caso elucidado pelos órgãos de segurança, algumas medidas que já faziam parte do planejamento da Universidade foram agilizadas em abril e estão sendo colocadas em prática em maio, como por exemplo as melhorias na iluminação, com o projeto de instalação de refletores nas partes mais altas de prédios e as tratativas com a Prefeitura Municipal de Dourados para o rebaixamento da iluminação dos superpostes que passará de 18 para 8 metros de altura do solo.
Nas áreas verdes da UFGD, também em abril foi realizada a poda de árvores, com o objetivo de melhorar a abrangência da iluminação nas áreas verdes, e a universidade intensificou os serviços de roçada e capina para limpeza geral dessas áreas.
Sobre alterações quanto à segurança, foi realizada uma reunião de trabalho da Pró-Reitoria de Administração com o Comitê de Gestão Integrada em Segurança de Dourados e, como encaminhamento, o Comitê ficou a disposição para realizar visita técnica na Unidade 2 da UFGD, a fim de realizar levantamento das áreas de risco. Após mapeadas as áreas de risco, será realizada a instalação de câmeras de monitoramento fixas e de 360º nas referidas áreas.
Com relação à conscientização da comunidade acadêmica para o combate à violência de gênero, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE) fará, junto a comunidade acadêmica, uma campanha contra o abuso sexual ainda durante o primeiro semestre letivo de 2016.
O Núcleo de Estudos de Diversidade de Gênero e Sexual da UFGD, criado em setembro de 2015, também atuará permanentemente na sensibilização de estudantes e servidores sobre a necessidade de lutar contra todas as formas de violência contra as mulheres e pessoas LGBTI, assim como fomentar a pesquisa e produção do conhecimento nessa área.
Quanto à contratação de funcionários que estão cumprindo pena no semiaberto pela empresa terceirizada para limpeza e manutenção, a UFGD informa que desde setembro de 2015 foram realizadas adequações junto a empresa interrompendo esse tipo de vínculo.
Também em 2015, a partir de dezembro a universidade colocou em efetivo funcionamento as câmeras de segurança da Unidade 2 que inclusive registraram toda a movimentação nas proximidades da Biblioteca Central e suas imagens foram usadas para investigar a denúncia de estupro na localidade.
De toda forma, o reitorado da UFGD agradece às autoridades envolvidas na investigação e à UEMS pelo trabalho em parceria, manifesta sua atenção para a devida apuração dos fatos, com a proteção dos discentes e servidores e afirma que sempre estará empenhada em atender as demandas da comunidade acadêmica.
De acordo com o delegado regional Lupércio Degerone Lúcio, os autos comprovaram que o que houve, na verdade, foi uma relação consensual entre a pretensa vítima e uma terceira pessoa, que não o acusado inicialmente, e que essa relação ocorreu fora do ambiente acadêmico.
A delegada titular da DAM, Paula Ribeiro dos Santos Oruê, lamentou que o nome do possível suspeito, acusado injustamente, tenha sido divulgado, e explicou que o laudo pericial apontou que não houve vestígio algum de violência. “Não houve crime, mas devido à intensidade de manifestações, é importante esclarecer que, a todo momento, desde o início das investigações, as duas universidades se colocaram inteiramente à disposição da Polícia Civil para todo e qualquer auxílio necessário e buscaram a verdade junto conosco, incansavelmente”, afirmou a delegada.
O fato de a denúncia ter sido esclarecida e não ter acontecido um crime não cessa as discussões dentro da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) nem interrompe a implementação de ações de combate à violência de gênero e contra as pessoas LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais).
A reitora da UFGD, Liane Maria Calarge, esteve presente na coletiva de imprensa de hoje e foi categórica ao confirmar que as ações de combate à violência vão continuar. “A denúncia oportunizou o desencadeamento de uma série de discussões que são muito importantes. O ambiente da Universidade nada mais é do que um reflexo da sociedade na qual ela está inserida, e trata-se de um ambiente formador de opinião. Nesse sentido, precisamos fortalecer as ações para prevenir violências de gênero e amenizar o sofrimento das eventuais vítimas. Às vezes a mulher não tem coragem de denunciar uma agressão por receio de não ser ouvida ou de o ambiente no qual ela vai fazer essa denúncia não ser adequado, e nós precisamos ampará-las”, garante a reitora.
É preciso reforçar, ainda, a importância do trabalho conjunto entre reitoria e comunidade universitária. No dia 18 de abril, a UFGD e a UEMS realizaram uma assembleia conjunta para que os coletivos de movimentos sociais estabelecessem metas para direcionar o trabalho das duas administrações. A reitoria da UFGD se coloca a disposição para trabalhar em cima do que as mobilizações demandarem, reforça que ainda está aberta e aguarda o recebimento oficial das propostas elaboradas na assembleia do dia 18.
AÇÕES NA UFGD
Assim que teve conhecimento da denúncia de estupro de uma acadêmica da UEMS, em 04 de abril, nas proximidades da Biblioteca Central, a administração da UFGD se manifestou publicamente contra a violência sexual, colocou-se à disposição dos órgãos de segurança pública para colaborar nas investigações e o Hospital Universitário realizou os protocolos de atendimentos de saúde demandados em situações de estupro.
Além disso, o reitorado, a Ouvidoria, diversos órgãos da administração central e das pró-reitorias participaram das várias reuniões, audiências e manifestações realizadas nos dias de mobilização e de debate da denúncia e também estiveram presentes na assembleia geral universitária, realizada dia 18, com o tema “Prevenções e medidas contra as violências de gênero sofridas pelas mulheres no meio universitário”. Nesse sentido, para oportunizar a participação do maior número de estudantes e servidores nas manifestações e reuniões sobre o tema, a administração também suspendeu as aulas nos dia 05 e 18 de abril.
Enquanto aguardava que a denúncia fosse investigada e o caso elucidado pelos órgãos de segurança, algumas medidas que já faziam parte do planejamento da Universidade foram agilizadas em abril e estão sendo colocadas em prática em maio, como por exemplo as melhorias na iluminação, com o projeto de instalação de refletores nas partes mais altas de prédios e as tratativas com a Prefeitura Municipal de Dourados para o rebaixamento da iluminação dos superpostes que passará de 18 para 8 metros de altura do solo.
Nas áreas verdes da UFGD, também em abril foi realizada a poda de árvores, com o objetivo de melhorar a abrangência da iluminação nas áreas verdes, e a universidade intensificou os serviços de roçada e capina para limpeza geral dessas áreas.
Sobre alterações quanto à segurança, foi realizada uma reunião de trabalho da Pró-Reitoria de Administração com o Comitê de Gestão Integrada em Segurança de Dourados e, como encaminhamento, o Comitê ficou a disposição para realizar visita técnica na Unidade 2 da UFGD, a fim de realizar levantamento das áreas de risco. Após mapeadas as áreas de risco, será realizada a instalação de câmeras de monitoramento fixas e de 360º nas referidas áreas.
Com relação à conscientização da comunidade acadêmica para o combate à violência de gênero, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAE) fará, junto a comunidade acadêmica, uma campanha contra o abuso sexual ainda durante o primeiro semestre letivo de 2016.
O Núcleo de Estudos de Diversidade de Gênero e Sexual da UFGD, criado em setembro de 2015, também atuará permanentemente na sensibilização de estudantes e servidores sobre a necessidade de lutar contra todas as formas de violência contra as mulheres e pessoas LGBTI, assim como fomentar a pesquisa e produção do conhecimento nessa área.
Quanto à contratação de funcionários que estão cumprindo pena no semiaberto pela empresa terceirizada para limpeza e manutenção, a UFGD informa que desde setembro de 2015 foram realizadas adequações junto a empresa interrompendo esse tipo de vínculo.
Também em 2015, a partir de dezembro a universidade colocou em efetivo funcionamento as câmeras de segurança da Unidade 2 que inclusive registraram toda a movimentação nas proximidades da Biblioteca Central e suas imagens foram usadas para investigar a denúncia de estupro na localidade.
De toda forma, o reitorado da UFGD agradece às autoridades envolvidas na investigação e à UEMS pelo trabalho em parceria, manifesta sua atenção para a devida apuração dos fatos, com a proteção dos discentes e servidores e afirma que sempre estará empenhada em atender as demandas da comunidade acadêmica.