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Janeiro
15
2020

2019 fechou com aumento da cesta básica em Dourados

  Atualizada: 15/01/2020
É o que aponta pesquisa realizada pelo curso de Ciências Econômicas da UFGD

O valor da Cesta Básica do mês de dezembro/2019 apresentou um aumento de 1,46% comparado com o mês de novembro/2019, é o que constatou a pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD).

A pesquisa foi realizada na última semana do ano passado e primeira semana de 2020. Já o acumulado do ano de 2019 chegou a 15,82% perante 8,55% em 2018. Essa elevação foi muito acentuada se levarmos em conta o comportamento da inflação, que fechou em 4,48% segundo dados do IBGE no ano de 2019. Os produtos que compõem a cesta básica, conforme o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário-mínimo são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate.

O resultado dos preços da Cesta Básica é um indicador muito importante para toda a economia brasileira, já que reflete a situação dos preços no setor de alimentos. Os preços da cesta básica de Novembro/2019 em Dourados ficaram em R$ 432,29, o que significa 43,32% do salário mínimo, que foi de R$ 998,00. E no mês de dezembro de 2019, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia maior para compra da cesta básica: R$ 438,58, o equivalnete a 43,95% do salário mínimo vigente.


No âmbito nacional, o maior preço no mês de dezembro/2019 foi registrado no Rio de Janeiro, com R$ 516,91; seguida por Florianópolis, com R$ 511,70 e a terceira capital com maior preço foi São Paulo, com R$ 506,50. O valor da cesta básica do ano de 2019 teve um aumento em 16 das 17 capitais do país, conforme constata o DIEESE.

Já os menores preços do mês de dezembro/2019 foram encontrados em João Pessoa, com R$ 373,56; Salvador, com R$ 360,51 e o menor preço foi registrado em Aracaju, com R$ 351,97. Os menores preços foram praticados nas capitais da Região Nordeste do país, fato este que se repete desde o início da pesquisa.

No mês de novembro/2019, um trabalhador douradense precisou trabalhar 95 horas e 17 minutos para pagar a cesta básica. No mês seguinte, este mesmo trabalhador precisou de um tempo maior: 96 horas e 41 minutos, o que representou perda do poder de compra, devido ao aumento dos preços dos produtos.

Quedas e aumentos

Dentre os produtos que tiveram maiores quedas em 2019 estão a batata, 29,42% mais barata; o feijão, 17,14% menor e, também, o tomate, com uma diminuição de preços de 9,08%. Dentre os produtos que aumentaram de preço em 2019 destacou-se a banana, que teve o maior aumento, chegando a 52,18%; a carne, com 36,51% de aumento e o tomate, com 23,64%. Somente estes três produtos representaram 62,29% do total da Cesta Básica.

Com o aumento dos preços dos produtos da Cesta Básica, o ideal é fazer pesquisa nos diversos supermercados de Dourados. O supermercado que praticou o preço mais elevado da cidade foi de R$ 482,71 e o menor com R$ 402,73, uma diferença de R$ 79,98. Outra sugestão é de verificar os levantamentos realizados pelo PROCON, que publica os resultados das pesquisas no início de cada mês, apresentando os nomes de cada estabelecimento.

Conforme o DIEESE, e levando em consideração a determinação da Constituição Federal, que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas do trabalhador brasileiro e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em Novembro de 2019, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.021,39, isso significa 4,03 vezes mais do que o mínimo vigente que é de R$ 998,00. Já no mês de dezembro, o valor necessário era de R$ 4.342,57.

Mais informações: Enrique Duarte Romero (99995-7342), professor do curso de Ciências Econômicas da UFGD