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Pobreza política não é outra pobreza,
mas o mesmo fenômeno considerado em sua complexidade não linear.
Pedro Demo
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Em reunião com representantes dos Centros Acadêmicos dos cursos da Faculdade de Ciências Humanas - FCH -, em 24 de agosto, fomos informados da não convocação dos representantes dos Estudantes para reunião do Conselho de Curadores. Após essa reunião, em contato com a Direção do Diretório Central dos Estudantes - DCE -, pudemos perceber o impacto da exclusão da representação daquela que é a razão da existência da Universidade: os/as Estudantes.
 
A participação estudantil, para além de ser um direito de interferir nas decisões sobre suas próprias vidas – dimensão fundamental da cidadania -, é parte da construção de uma sociedade que compreende que o desenvolvimento profissional não é apenas relativo ao domínio de técnicas, mas é também relativo ao desenvolvimento de competências pessoais e políticas para o conhecimento das realidades e para o diálogo com os atores sociais que compõem as instituições.
 
Apoiamos a reintegração dos Estudantes às instâncias decisórias as quais têm assento e corroboramos a indicação de que haja uma prática de comunicação construtiva para o bom andamento da Universidade.
 
A FCH compreende que não é a passagem pela Universidade que forma cidadãs e cidadãos, pelo contrário, é o reconhecimento da cidadania de todos componentes da comunidade universitária (estudantes, familiares, estudantes do ensino básico e médio que pretendem ingresso na universidade, técnicos administrativos e de laboratórios, professores, formadores de estagiários, moradores da cidade que sedia a universidade etc...) que torna a formação profissional potente para as transformações sociais necessárias para o desenvolvimento nacional.

Faculdade de Ciências Humanas (FCH)
 
Dourados, 14. 09. 2020.