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Setembro
13
2016

Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente faz campanha no Dia Mundial da Sepse

  Atualizada: 13/09/2016
Foco da ação foram os profissionais da assistência, que receberam panfletos e passaram pela “caixa da verdade” para verificar a higienização das mãos

A maioria das pessoas nunca ouviu falar em sepse, doença que mata mais que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio. Mas, certamente, todo mundo já escutou relatos sobre “infecção generalizada”. Estima-se que, a cada ano, no Brasil, a sepse atinja 670 mil pessoas. Para orientar, esclarecer e prevenir a doença, o dia 13 de setembro foi instituído como Dia Mundial da Sepse.

Para marcar a data, o Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) realizou nesta terça-feira um dia de campanha com foco na prevenção.

Com a “Caixa da Verdade” (equipamento com uma luz negra, que torna “fluorescentes” as partes das mãos mal “higienizadas”) instalada no saguão dos relógios de ponto, os colaboradores foram convidados, mais uma vez, a verificar suas técnicas de higienização das mãos. Também receberam panfletos e informações básicas sobre a prevenção da sepse.

“É uma ação simples, dirigida aos profissionais da assistência, mas de extrema importância no sentido de aumentar o grau de informação sobre a doença”, explicou o chefe da Unidade de Vigilância em Saúde, enfermeiro Fuad Fayez Mahmoud.

Para a chefe do Setor, enfermeira Ângela Mendonça, a informação é uma forma de prevenção importante, principalmente pelo fator tempo: “A sepse pode matar em poucas horas. Então, quanto mais cedo for feita a investigação e o diagnóstico, menores os riscos para o paciente”.

Entenda a Sepse

- Você sabe o é a sepse?

Antigamente era conhecida como septicemia ou infecção generalizada, na verdade, trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a parada de funcionamento de um ou de mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente.

Atualmente a sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI). A sepse mata mais do que o infarto do miocárdio e do que alguns tipos de câncer.

O nosso país tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo pela sepse. Estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem anualmente.

- Esse quadro precisa mudar e você também pode ajudar!

Entender o que é a sepse já é um importante passo nessa luta que não é apenas dos profissionais de saúde, mas de todos nós.

- Quem tem mais risco de adquirir sepse?

Prematuros, crianças abaixo de um ano, idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, AIDS ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo, pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes, usuários de álcool e drogas, e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas.

MAS ATENÇÃO: Qualquer pessoa pode ter sepse.

- Como a sepse pode ser diagnosticada?

Embora não existam sintomas específicos, todas as pessoas que estão passando por uma infecção e apresentam febre, aceleração do coração (taquicardia), respiração mais rápida (taquipneia), fraqueza intensa, tonturas e pelo menos um dos sinais de gravidade, como pressão baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar, sonolência excessiva, ou ficam confusos (principalmente os idosos) devem procurar imediatamente um serviço de emergência ou o seu médico.

- Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse?

Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são a pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. Por isso quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. Para tal, o tratamento rápido das infecções é uma estratégia que deve ser adotada.

- O tratamento da sepse exige recursos sofisticados?

Não. A maioria das medidas eficazes para tratamento da sepse pode ser realizadas com o treinamento dos profissionais de saúde, utilizando recursos disponíveis na maioria das unidades de saúde.

- Como é o tratamento?

O principal tratamento da sepse é administrar antibióticos pela veia o mais rápido possível. Podem ser necessários oxigênio, líquidos na veia e medicamentos que aumentem a pressão arterial. A diálise pode ser necessária se os rins pararem de funcionar. Um aparelho de respiração artificial pode ser utilizado em caso de dificuldade respiratória grave.

- É possível prevenir a sepse?

O risco de sepse pode ser diminuído, principalmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação. Uma higiene adequada das mãos e cuidados com o equipamento médico podem ajudar a prevenir infecções hospitalares que levam à sepse. Mas atenção: sepse não acontece só por causa de infecções hospitalares. Assim, bons hábitos de saúde podem ajudar. Outra dica importante é evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos.

- Você tem dúvidas?

Para saber mais, acesse o site do Dia Mundial da Sepse (http://diamundialdasepse.com.br/) ou solicite informações ao Instituto Latino Americano de Sepse (www.ilas.org.br).​



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