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Janeiro
26
2015

Máquina que separa medicamentos é a primeira da região e auxilia o trabalho na Farmácia do HU/UFGD

  Atualizada: 26/01/2015
A unitarizadora de doses, além de separar os medicamentos, identifica as unidades com segurança

A tecnologia sempre foi a maior aliada da saúde e, cada vez mais, se mostra essencial em todos os setores de uma unidade tão complexa como um hospital. Além dos equipamentos básicos de saúde, que estão ao redor dos pacientes, há uma infinidade de máquinas, dispositivos e métodos que funcionam nos bastidores e são imprescindíveis para o funcionamento das instituições.

O controle de medicamentos é uma das ações internas das unidades de saúde que, com o respaldo da tecnologia, tem se tornado mais ágil. No Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU/UFGD), esse procedimento agora é auxiliado por uma máquina unitarizadora de doses, de comprimidos em blister, de ampolas e de kits, sendo o primeiro hospital público da região a investir em um aparelho desse porte.

O processo, anteriormente à ativação da máquina em dezembro do ano passado, era feito de forma manual por funcionários do Setor de Farmácia Hospitalar, o que demandava muito tempo e não era totalmente eficaz, pois a identificação contida nas doses era impressa em papel e corria o risco de ser rasurada.

“A agilidade no processo de unitarização agora é maior, além de ser ideal para a rastreabilidade e a segurança na administração do medicamento”, explica a farmacêutica Laura Priscila Toledo Bernal, chefe da Unidade de Farmácia Clínica do HU/UFGD.

A máquina, fabricada no Brasil, é uma das inovações que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) exige nos hospitais de sua administração, como é o caso do HU/UFGD.

A importância da unitarização

Quando um paciente é internado e há a necessidade de medicá-lo, a prescrição do profissional médico é enviada ao Setor de Farmácia Hospitalar e lá é feita a separação das doses. E para que haja o controle dos medicamentos é efetuada a unitarização.

O produto, que geralmente é adquirido pelo HU/UFGD em grande quantidade, é cadastrado e acondicionado pela Farmácia. Antes de ser distribuído ao paciente, conforme a necessidade, é dividido em doses e cada unidade recebe a identificação devida, constando nome do remédio, data de validade, lote, fabricante, concentração e princípio ativo.

Dessa forma, além de possibilitar o controle da quantidade de medicamentos em estoque e a sua movimentação pelo hospital, a unitarização previne erros como o emprego de itens por engano ou com o prazo de validade vencido.

A farmacêutica Laura enfatiza que antes de o HU/UFGD possuir a máquina, todo o processo era feito manualmente, desde a separação das unidades, a impressão e a colagem das etiquetas de identificação e a sua embalagem. Hoje, a unitarizadora recebe as doses e, uma a uma, as empacota em envelopes plásticos de alta resistência, que são lacrados e recebem os dados e o código de barras impressos com tinta específica, que não se apaga com o manuseio.

“Isso facilita a rastreabilidade do medicamento, desde sua aquisição até a distribuição ao paciente”, diz a profissional, ressaltando que nas novas embalagens é possível adicionar mais informações do que nas etiquetas usadas anteriormente, o que garante maior segurança na utilização dos remédios.

Todos os profissionais que manuseiam o equipamento receberam treinamento e, desde dezembro do ano passado, o trabalho da equipe tem um novo ritmo, mais dinâmico.

Setor de Farmácia Hospitalar do HU/UFGD

Hoje, mais de 20 pessoas compõem o Setor, que é responsável por toda a cadeia de manuseio de medicamentos do HU/UFGD, desde a solicitação de compra até o envio das doses unitarizadas para serem empregadas no tratamento de pacientes.

O Setor é dividido em Unidade de Abastecimento Farmacêutico, Unidade de Dispensação Farmacêutica e Unidade de Farmácia Clínica, nas quais trabalham técnicos de farmácia, farmacêuticos e assistentes administrativos.

A compra de novos equipamentos, como a unitarizadora, reflete o momento de renovação tecnológica pelo qual passa a instituição, que tem, cada vez mais, investido em inovação tanto de aparelhagem quanto de pessoal.



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