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Maio
12
2016

​Exames para confirmação de Zika Vírus serão realizados em Dourados a partir de junho

  Atualizada: 13/05/2016
Ambulatório de Investigação de Zika Vírus do HU-UFGD já confirmou a infecção em 7 gestantes

A partir de junho, o Laboratório da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizará exames para a confirmação da infecção por Zika Vírus, dando suporte ao atendimento realizado pelo Ambulatório de Investigação de Zika Vírus do Hospital Universitário da UFGD (HU-UFGD).
 
A informação é do coordenador do serviço, o médico infectologista e pesquisador da UFGD e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, que ressalta a importância da celeridade no diagnóstico. “Ficará muito mais rápido”, garante, já que, até o momento, o material colhido é enviado para exame na Fiocruz, no Paraná.
 
O médico anunciou ainda a confirmação, esta semana, de mais quatro casos de Zika em gestantes atendidas pelo Ambulatório. Até agora, sete casos foram confirmados, sendo cinco gestantes de Dourados e duas de Caarapó. Uma dessas mães teve o bebê há cerca de uma semana. “A criança nasceu sem qualquer alteração aparente, mas enviamos amostras da placenta e do sangue do cordão umbilical para análise, para saber ser o vírus não passou para o bebê”, informa Julio Croda.
 
Casos
 
No total, 50 gestantes, de vários municípios da região, estão em acompanhamento no Ambulatório de Investigação de Zika Vírus do HU-UFGD. Entre elas, duas chegaram ao serviço por conta do diagnóstico de malformação fetal, mas não se trata de microcefalia. Ambas tiveram sintomas de Zika, porém não colheram material para exame na época adequada. “Nesses casos, os exames só podem ser feitos depois do nascimento do bebê, para investigar se essas malformações têm relação com o Zika Vírus”, explica o médico.
 
Acompanhamento
 
Mais que um serviço especializado para diagnóstico e acompanhamento, o Ambulatório de Investigação de Zika Vírus do HU-UFGD tem como diferencial o atendimento multiprofissional às gestantes, desde a primeira consulta. Além de profissionais da área médica e da enfermagem, o Ambulatório oferece atendimento psicossocial, que é fundamental para fortalecer tanto a gestante quanto a família frente ao desafio de lidar com a suspeita e o eventual diagnóstico da doença.
 
“Nosso trabalho é fazer uma escuta qualificada e, a partir daí, identificar algumas demandas, como, por exemplo, dificuldade de realizar exames ou atendimentos no município de origem dessa gestante. Mas o fundamental é o suporte, o acolhimento e o apoio para enfrentar a situação num momento que é, geralmente, de bastante fragilidade e insegurança”, explica a assistente social Roselaine Godinho.
 
Ambulatório
 
O Ambulatório de Investigação de Zika Vírus do HU é um serviço inédito na rede pública de Mato Grosso do Sul. Entrou em funcionamento no dia 4 de março e é composto por médicos (infectologista, obstetras e pediatra), além de enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos. O objetivo é que, a cada visita, a paciente possa, em um único lugar, ser acompanhada por todos esses profissionais.
 
São duas categorias de gestantes atendidas: as que apresentem algum tipo de exantema (mancha avermelhada na pele) com duração inferior a sete dias e as que já tenham feito ultrassonografia na qual ficou evidenciada microcefalia ou qualquer alteração no sistema nervoso central compatível com infecção congênita.
 
As mulheres que se encaixam no primeiro grupo, devem procurar assistência no Pronto Atendimento de Ginecologia e Obstetrícia (PAGO) do HU-UFGD, seja com encaminhamento de algum profissional de saúde, seja por conta própria. Lá, elas passarão imediatamente por uma coleta de material para confirmação da infecção e receberão as instruções para agendar sua consulta no ambulatório.
 
As gestantes do segundo grupo precisam ser encaminhadas ao ambulatório pelo médico que que realiza o seu pré-natal e que tenha identificado microcefalia ou alguma lesão no sistema nervoso central que sugira infecção pelo Zika Vírus. Elas devem agendar seu horário pessoalmente na recepção ambulatorial do HU-UFGD e, no dia marcado, comparecer ao hospital com o encaminhamento de seu médico e as ultrassonografias já realizadas.
 
Em ambos os casos, as pacientes deverão prosseguir com seu pré-natal convencional, porém, paralelamente, receberão atenção diferenciada no Ambulatório de Investigação de Zika Vírus, assim como seus bebês, após o nascimento.
 
Para mais informações e orientações sobre o agendamento de consultas no Ambulatório de Investigação de Zika Vírus do HU-UFGD, as gestantes devem entrar em contato pelo telefone (67) 3410-3024. As consultas são realizadas às sextas-feiras, com início às 8 horas.​
 
Fonte: Unidade de Comunicação/HU-UFGD/Ebserh



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