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Agosto
19
2016

Entrevista: PET-Saúde defende aleitamento materno e doação de leite

  Atualizada: 19/08/2016

No próximo dia 20 de agosto a UFGD sedia o evento “Amamentação, uma chave para o Desenvolvimento Sustentável”. Trata-se do I Encontro Temático do Programa de Educação Tutorial em Saúde(PET-Saúde) e tem início às 8h30 no cineauditório da Unidade 1 (Rua João Rosa Góes, 1761, Vila Progresso).

As vagas são limitadas e para confirmar a inscrição é preciso contribuir com um pote de vidro com tampa de plástico, um pacote de fralda RN ou R$ 10,00. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail eventospetsaude@gmail.com e os participantes receberão certificado de 4h de atividades.

Aproveitando a ocasião do evento, as professoras do curso de Nutrição, também tutoras e coordenadoras do grupo de Nutrição no PET, Naiara Ferraz Moreira e Verônica Luz concederam uma entrevista por e-mail para reforçar a importância desse alimento que, além de matar a fome, garante saúde, imunidade e bem-estar ao bebê: o leite materno.

Confira!

 

Qual a importância do leite materno na vida do bebê e quais são as implicações às quais ele está sujeito quando não amamentado nos primeiros meses de vida?

Naiara e Verônica: Por ser o leite materno um alimento completo, balanceado, saudável e seguro, a criança amamentada apresenta menor risco de desenvolver desnutrição, obesidade e outras doenças crônicas, tanto na infância quanto na vida adulta, além de apresentar menor risco de infecções diversas e de mortalidade. Segundo a UNICEF, cerca de 77 milhões de recém-nascidos – ou um a cada dois – não são amamentados em sua primeira hora de vida, sendo privados de nutrientes e anticorpos e do contato corporal com suas mães que são essenciais para protegê-los de doenças e da morte.

 

Então o leite materno é mais do que apenas um alimento?

Naiara e Verônica: É como se fosse uma primeira vacina para o bebê. Atrasar o aleitamento materno entre 2 e 23 horas após o nascimento aumenta em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Atrasá-lo por 24 horas ou mais aumenta esse risco em 80%. O ato de amamentar mata a fome, garante saúde, imunidade e bem-estar ao bebê, além de ser gratuito e puro, não interferindo em nenhuma esfera o meio ambiente. Os benéficos do ato de amamentar também são estendidos à mãe, pois a mãe que amamenta apresenta menor risco de desenvolver certas morbidades como câncer de mama e de útero e a osteoporose, além de aumentar o vinculo mãe-bebê.
 

Nesse caso, discutir esse tema dentro da Universidade, em um evento aberto a toda a comunidade, é fundamental. Qual foi a inspiração do grupo PET-Saúde para essa iniciativa?

Naiara e Verônica: Devido a tamanha importância do ato de amamentar, a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA) fundou, em 1992, a Semana Mundial de Aleitamento Materno, que acontece oficialmente de 1 a 7 de agosto, com o objetivo de promover e informar sobre a importância da amamentação. O tema escolhido para a Semana deste ano foi ‘Presente saudável, futuro sustentável’. Por isso, o PET-Saúde/GraduaSUS da UFGD, em parceria com a UEMS, não poderia deixar um tema tão relevante passar sem possibilitar uma reflexão, tanto por profissionais e estudantes da área de saúde como para comunidade em geral. Nesse sentido, o PET-Saúde promoverá no próximo sábado (20) o seu primeiro encontro temático abordando esse tema de forma multi e interdisciplinar. Nosso encontro vem endossar esse movimento e propor uma importante conversa sobre amamentação à luz dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), documento firmado pela ONU em 2015 e que trabalha essencialmente igualdade, ecologia e economia.

 

Para confirmar a inscrição no evento, o participante pode contribuir com potes de vidro com tampa de plástico, R$ 10,00 ou um pacote de fraldas RN. Esses potes serão utilizados para doação de leite, correto? Quem são os bebês beneficiados com a doação?

Naiara e Verônica: Os potes serão doados para o Banco de Leite Humano do Hospital Universitário da UFGD. Eles serão, sim, utilizados para doação de leite materno de puérperas (que pariram recentemente) cadastradas como doadoras na cidade de Dourados. Todas as mães que estão produzindo leite excedente, tanto no HU quanto aquelas que já voltaram para suas casas, além de todas as demais puérperas do município, podem ser doadoras. As mães cujos bebês estão internados na UTI ou UCI neonatal ou na UTI pediátrica e conseguem, ordenham seu leite e distribuem para os bebês internados. Além destes, outros bebês com baixo peso ou risco nutricional podem receber os leites doados para o Banco de Leite Humano.


Serviço

Como parte da programação do encontro, haverá discussões sobre os temas “Aleitamento materno: presente saudável, futuro sustentável”, “Fatores emocionais associados ao aleitamento materno”, “Amamentação e seus benefícios” e “Amamentação: aspectos médicos”.

O evento é promovido pelo "PET-Saúde/GraduaSUS”, desenvolvido em parceria entre UFGD e UEMS. O PET atua na aprendizagem tutorial com grupos interdisciplinares dos cursos de Medicina, Nutrição e Psicologia da UFGD, e enfermagem da UEMS. Atualmente, as atividades do PET acontecem no Hospital Universitário, em Unidades Básicas de Saúde, na Unidade de Pronto Atendimento do município e em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

As atividades do PET têm o objetivo de promover a integração entre ensino e serviço, visando o aprimoramento das práticas acadêmicas no Sistema Único de Saúde com enfoque no cuidado integral e na humanização, atuando nas linhas Acolhimento em Saúde e Controle Social, Redes de Atenção, Saúde Mental, Nutrição nas Doenças Crônicas não Transmissíveis, Nutrição Materno-infantil, Sistematização da Assistência de Enfermagem e Acolhimento em Saúde e Controle Social. Este é o primeiro de uma série de eventos temáticos que serão promovidos pelo PET-Saúde.

As mães interessadas em doar leite podem entrar em contato com o Banco de Leite do HU pelo telefone 3410-3002.




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